9.23.2008

Plano de Poder

Plano de Poder

Cada vez mais lideranças religiosas protestantes estão se envolvendo com a política. Muitos com apenas a alcunha de “pastores” e outros realmente com formação teológica que justifique o título de pastores de rebanho cristão se aventuram em disputas eleitorais como candidatos ou como orientadores religiosos de pessoas que buscam o poder na política. É inegável que a associação de denominações protestantes possa interferir em um ambiente que há muitos anos era dominado por pessoas que não tinha compromissos com a igreja. Os cristãos católicos brasileiros e a igreja católica jamais aceitaram a gerência de seus sacerdotes em questões de conflito entre religião e política, partidarismo ou apoio a determinado candidato. Manter e ampliar o poder sobre o outro é o que busca aquele que se usa como instrumento de Deus contra o livre arbítrio do homem. Mas é exatamente no livre arbítrio que se encontra a justificativa para a participação da casta representativa do povo evangélico. Com o posto de dono da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) e considerado um dos maiores líderes religiosos de influência na política nacional, o bispo Edir Macedo lança às vésperas da eleição o livro de sua autoria com o título Plano de Poder – Deus, os Cristãos e a Política. No livro analisa o cientista político Roberto Romano, o bispo Macedo envia uma mensagem aos fiéis para que deixem de lado o pudor de lidar com a política. – Antes, os protestantes acentuavam a ruptura com o mundo. A política, a idéia de quanto mais abençoado o homem, mais rico ou poderoso ele era, era jogada para o católico ou para o judeu. Os evangélicos estão mudando esta idéia. Agora, Macedo diz: “Vocês já foram conquistados por Jesus, sabem como isso os consola. Mas para que o ´ Plano de Deus ` se realize, temos que deixar o pudor de mexer com a política. Assim como O Príncipe de Maquiavel se tornou bíblia para políticos de perfil centralizador, o Evangelho Segundo Edir Macedo constante em seu livro Plano de Poder – Deus, os Cristãos e a Política é a parte principal da liturgia de sua escritura para que os evangélicos não tenham pudor na política. O estreitamento de relações entre os protestantes e os políticos, produziu em Rio das Ostras três entidades de representação das denominações evangélicas: APLERO (Associação dos Pastores e Líderes Evangélicos de Rio das Ostras), Associação de Pastores Pentecostais de Rio das Ostras e recentemente o Conselho de Pastores de Rio das Ostras. Todas vão além de seus objetivos sociais, rivalizando pela aproximação e relação com o poder público e suas autoridades. O caminho para esta relação e aproximação nem sempre se fez em sentido de mão dupla, pois as entidades pouco recebem e os políticos recebem muito. De vários projetos sociais elaborados pelas entidades evangélicas, não há o conhecimento de que algum esteja em execução em parceria com o poder público. Somente eventos que atrai público como o Expo Gospel, Cruzada Evangelística e a Feira do Livro Espírita despertou o interesse do poder público e recebeu o financiamento com o dinheiro do povo. A frase “quem com porcos se mistura farelo come” é uma boa analogia para esta relação: igreja versus política. Um ambiente formado mais pela defesa dos interesses pessoais do que por interesses coletivos levam aqueles que praticam a doutrina da verdade em Deus a lidar ou praticar a mentira, a traição e a corrupção do homem. O mexer com a política sem pudor pregada pelo bispo Edir Macedo e hoje publicada em livro, levou centenas de fiéis em agosto de 2004 a reunião organizada por líderes evangélicos na Câmara Municipal de Rio das Ostras para ouvir a promessa do então candidato a Prefeito Carlos Augusto de construir um templo evangélico de 600 lugares. Não ocorreu a construção (e nem deveria ocorrer) do templo, mas há relatos de uma compensação de aproximadamente R$ 5.000,00 para cada liderança pertencente à base evangélica de apoio ao candidato a prefeito Carlos Augusto. Bem, esta relação sempre provoca ruptura de união nas comunidades evangélicas, porque nem todos são a favor de que seus líderes religiosos sejam beneficiados com cargos públicos. De repente sou eu que estou confuso por falta de uma orientação espiritual de um grande líder encarnado e deva procurar o Manoel Ferreira da Assembléia de Deus para que possa enxergar o poder de Deus nas obras do homem. Talvez Carlos Augusto é que esteja correto em ser batizado no catolicismo, ter aceitado Jesus na Assembléia, ter chutado a santa na Universal, ter contato com o espírito na mesa branca do Xangô Menino toda quarta e ter fumado cachimbo com meu tio zóinho e minha comadre Rosângela no terreiro no último sábado dia 20 e preparando o caminho pra encontrar Sabino na próxima encruzilhada. Deus que me proteja!

9.03.2008

Decisões Políticas e Políticas Públicas

Decisões Políticas e Políticas Públicas

Existem diferenças entre decisões políticas e políticas públicas. Nem toda decisão política chega a ser uma política pública. Decisão política é uma escolha dentre um leque de alternativas, já política pública, que engloba também a decisão política, pode ser entendida como sendo um nexo entre a teoria e a ação. Esta última está relacionada com questões de liberdade e igualdade, ao direito à satisfação das necessidades básicas, como emprego, educação, saúde, habitação, acesso à terra, meio ambiente, transporte etc. Em nossa vida político administrativa, que é recente, iniciada em 1993, por obrigação constitucional o primeiro governo (1993-1996) enfrentou o desafio da instalação do município de Rio das Ostras. Com muito esforço, empenho e dedicação a contribuição de todos valeu a implantação dos sistemas de serviços públicos básicos, como escolas, postos de saúde, administração e arrecadação e o sistema geral de viabilidade jurídica, o legislativo e a lei orgânica. Recém instalado o município administrou a herança herdada da cidade mãe contando com a paciência de sua população, já que os recursos eram poucos e muito ainda tinha a ser feito. O município além da falta de recursos carecia, também, de instrumento legislativo para o ordenamento urbano. Muito se teorizou na época da emancipação com as promessas dos atores políticos que dominavam importante parcela de eleitores do 3º distrito, mas nada de concreto aconteceu em relação às ações de políticas públicas. Como disse, o município administrou o que recebeu, não expandindo os serviços e menos ainda praticando ou priorizando uma decisão política dentre as tantas colocadas como alternativas. Quer dizer que apenas nasceu. O início do segundo governo (1997-2000) foi marcado pelas dificuldades que enfrentou em relação à cobrança da população que exigia o pronto restabelecimento dos serviços públicos e sua expansão. Desafiado por tenebrosos últimos 9 meses de gestão em 1996 levou o governo que iniciava a tomar decisões políticas que retornasse o município à estabilidade institucional. O legislativo composto por rancorosos e viciados membros em busca do atendimento dos interesses pessoais induziu um levante contra o executivo entre 1997 e 1998, contornado em 1999 com um pacto de mais participação dos vereadores na indicação de cargos no executivo e na paternidade de alguns e futuros projetos elaborados pelo governo. Ainda em 1999 ocorreu a explosão dos royalties, recursos que foi determinante para a reeleição do segundo governo. Daí em diante o terceiro governo (2001-2004) pôde executar a maioria das ações constante no Projeto Rio das Ostras 2000, chegando a concluir 50% do que fora prometido. Muito se construiu e investiu. A cada ano de governo mais escolas, mais postos de saúde, mais centro de atendimento aos desassistidos, mais ruas pavimentadas e muitos sonhos ainda por querer realizar. Mas, ainda faltavam decisões para a escolha dentre um leque de alternativas que produzissem ações que concretizassem a melhora significativa na prestação de serviços básicos a população. De categoria de município pobre passamos a de rico, mas não houve a decisão por priorizar determinada política pública. Foram lançados alguns modelos experimentais na saúde, na educação, na assistência social e no turismo, mas nada que virasse referência nacional de atendimento às necessidades básicas da população. É claro que estamos melhores do que quando iniciamos, mas poderíamos ter ido mais longe. Foi dado ao quarto governo (2005-2008) a chance de tomar as decisões políticas que nos colocaria como uma das melhores cidades do Brasil em qualidade de vida. Com os cofres abarrotados de dinheiro e um plano de metas de investimento em infra-estrutura e saneamento básico tínhamos todas as condições de atingir os objetivos de atender bem a população em seus anseios por liberdade e igualdade, satisfação das necessidades básicas, como emprego, educação, saúde, habitação, acesso à terra, meio ambiente, transporte etc. Mas isso não ocorreu. Não atendemos tudo que fora prometido. Não tomamos decisões políticas que priorizassem algumas das tantas alternativas em ações de política pública. Nestes últimos quatros foram reduzidas nossas expectativas, mas ainda podemos implantar, desenvolver ações que levem Rio das Ostras a ser inseridos no rol de municípios com políticas públicas consolidadas e contínuas. Devemos tomar decisões políticas debruçados em nossa agenda de ações de políticas públicas e determinar o que é prioridade, pois o futuro está logo ali.


8.22.2008

UM SOPRO DE VIDA PRA BERTOLT BRECHT

UM SOPRO DE VIDA PRA BERTOLT BRECHET

Os que lutam

"Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis."

Bertolt Brecht

Nunca na História desta cidade vimos uma eleição para prefeito e vice com apenas duas candidaturas. O eleitor se pergunta o que falta às outras lideranças políticas para estarem presentes na disputa à administração do Município de Rio das Ostras. Eu digo. Falta ao eleitor o interesse de ver (pelo menos até este momento) políticos sem histórico político à frente da administração da cidade. Todos aqueles que se lançaram como alternativas nesta eleição não experimentaram o voto, nunca disputaram um pleito se quer. Temos lideranças políticas fantásticas, com perfis que não se assemelham ao dos dois candidatos concorrentes a prefeitura de Rio das Ostras. Pessoas possuidoras de bons projetos, idealistas, com experiência pública, competência profissional e nomes limpos. São requisitos que os membros de qualquer sociedade deveriam levar em consideração para construir um nome de um político capaz de concorrer com chance na disputa às eleições contra aqueles que se auto proclamam “donos do destino do povo”. O caso em Rio das Ostras se assemelha a da maioria dos municípios brasileiros: quem constrói um político é o meio político predominante. O berço dos políticos vencedores é preparado para receber as provetas que serão no futuro os provedores dos interesses de quem os alimentou e os tornaram homens fortes. É assim aqui, ali e acolá. Os mais fortes sobrevivem. Não basta ter apenas vontade, vigor físico e inteligência para entrar na disputa por votos. Historicamente e culturalmente a maioria dos eleitores não dá chances ao fraco e ao honesto. Fraco e honesto não vinga em ambiente contaminado pela perversão dos interesses individuais. O eleitor prefere aqueles criados a “toddy” que se acostumaram às disputas pelo alimento produzido no poder. Daí surge os fortes para fazer valer o dito das regras. As candidaturas de Sabino e Carlos Augusto são fruto da imposição de pessoas que dominam setores importantes da política e da economia no município. Não poderia ser diferente. Os dois conseguiram se sobrepor aos outros. Com poder político e econômico acumulado nos longos anos de vida política vão para a disputa do voto com comportamentos iguais, mas diferentes. Sabino com o comportamento de quem navega em mar de almirante tendo a seu favor os bons ventos que o faz avançar na conquista de mais um ou dois mandatos. Sua justificativa é que seu projeto pessoal de tornar a cidade mais educada, limpa, sadia, organizada e segura não foi concluído nos 8 anos em que administrou o município. É justo, muito justo, justíssimo em seu direito legítimo. Carlos Augusto com o comportamento de general que perdeu a passada quer mais 4 anos para acertar o passo, mas tem contra si a atuação do tempo e de pessoas que contribuem para a corrosão das estruturas que liga sua gestão à do outro e perecendo neste momento do tempo perdido, agoniza no atraso de uma “gestão lenta e gradual”. Mas, ainda tenta com um sopro de vida ao unir forças meio que à força para remendar os rasgos no que atualmente simboliza sua gestão: a ponte estaiada. As diferenças entre os dois saltam aos olhos em comparação administrativa e política. O primeiro quer consolidar as políticas desenvolvidas em sua gestão entre 1996 e 2004 com o incremento da participação popular, fundindo-se o vigor dos trabalhadores com o carinho provocado pelo amor que todos tem por esta cidade. Assim como em 1996 deixa seu compromisso escrito em uma Carta Programa de Governo. O outro perdido no atraso de uma gestão lenta e ineficiente tenta se erguer apoiando-se com as bengalas que foram construídas nas oficinas de marketing de Santa Rita e Cia. Usa a estratégia do “abafa”: mais quantidade e menos qualidade. A coordenação de campanha de Carlos Augusto repete a estratégia de 2004 com a seguinte ordem: poluição audiovisual provocado pelo grande número de veículos estilizados e sonorizados em circulação; faixas e placas em fachadas e sacadas; pessoas contratadas e servidores transformados em cabos eleitorais; cooptação de líderes religiosos; etc., e com a síntese de uma campanha milionária e sem precedentes. Diferente e bem diferente está o comportamento do judiciário riostrense nesta eleição. Na eleição passada o Juiz Eleitoral Dr. André Fernandes Arruda só se fazia presente em irregularidade eleitoral através de provocação por escrito, ou seja, em processo formalizado. Hoje a titular do juízo eleitoral riostrense Dr. Maira Valéria sempre coloca um passo a frente assim que percebe irregularidades ou desrespeito a lei eleitoral. Fica bem claro seu comportamento ético e sua fidelidade à magistratura ao não tomar partido na disputa que cerram os dois candidatos a prefeito. Não posso falar o mesmo para o 4º poder. Na imprensa escrita, televisada ou falada o bicho está pegando. Tomaram partido na eleição os veículos de informação que são “subvencionados” pelo governo. Matérias e editoriais que refletem claramente a pessoalidade e parcialidade dos donos dos veículos de comunicação em favor do candidato a reeleição ao cargo majoritário no município de Rio das Ostras Carlos Augusto. A única rádio oficial no município de propriedade do deputado federal Bernardo Ariston (PMDB partido do atual prefeito) prega a desinformação, principalmente em problemas que flagelam o povo: a falta d’água. Tentam tripudiar do povo ao corroborar com mentiras e ao venderem o espírito jornalístico. Na mesma esteira estão os jornais que não são oficiais no município (aqueles que não têm registros e são considerados clandestinos pela lei de imprensa), mas circulam trazendo desinformação e desrespeito às pessoas. Será que os donos de veículos de comunicação acham que o povo é burro? Que suas palavras chegam somente àqueles que não sabem “ler, enxergar e ouvir”? Os iletrados que não sabem ler sabem enxergar e ouvir, assim como os surdos. Os cegos sabem ler e ouvir. Cegos, surdos e mudos são as deficiências daqueles propagam desinformações com o objetivo de subtrair o direito todos em saber a verdade. Esta é a verdadeira morte súbita e que foi inventada pelos carlistas estrangeiros e não por sabinistas brasileiros.

5.27.2008

വേര്ടടെസ് ഔ മേന്ടിരാസ്

Bastidores Políticos, verdades ou mentiras?

Meu amigo, minha amiga, caro leitor e leitora, prestem atenção aos comentários deste artigo, pois se você é um cidadão atento ou não sobre o que acontece na política eleitoral terá em mãos uma grande contribuição para elucidar os enigmas, os mistérios, as dúvidas e tudo o mais de escondidos que os nossos políticos riostrenses preparam para o mês de junho até o fim das eleições municipais deste ano. Você sabe amigo e amiga que este colunista não guarda segredos políticos, até porque se os guardasse o título desta coluna não seria condizente com os textos de “Bastidores Políticos”. Todos já devem ter ouvido a expressão “em política tudo pode acontecer”. Pois é verdade. O jogo político aceita como regra mentiras que se tornam verdades e verdades que se tornam mentiras. Temos até o momento dois pré-candidatos a prefeito melhor bem colocados no ranking de institutos de pesquisas indicando a tendência de intenções de votos para prefeito a favor do deputado estadual Alcebíades Sabino em cerca de 50% contra 32% para o candidato a re-eleição Carlos Augusto. Mentira? Não, não é mentira. Como o documento é público tive acesso para constatar o método e os critérios. Verdade? Sim, é verdade sim. A publicação deste resultado deflagrou uma série muito usada como estratégia política, o boato, que tem sempre um fundo de verdade. Disseminaram no ambiente político que Alcebíades Sabino não poderia vir candidato por uma série de motivos: político, econômico, jurídico, etc. Político por supostos acordos que teria feito com o grupo do atual prefeito; econômico pela compra por milhões de reais para sua desistência em ser candidato; e jurídico por conta do processo de cassação do diploma de deputado por suposta compra de votos em Silva Jardim e também por estar em trânsito um processo de improbidade administrativa em contrato de compra superfaturada de combustíveis, amplamente divulgada pela imprensa, entre outros. Mentira? Sim, é mentira. O deputado estadual Sabino já demonstrou e deu provas a todos que nada o impedirá de vir candidato, e que nem mesmo o Tribunal Regional Eleitoral será capaz de o impedir, caso o julgue como não-cândido. Entende, ele, que está amparado por preceito constitucional da presunção da inocência e o transitado em julgado. Verdade? Sim, é verdade. O dito popular que diz assim: “dinheiro, chama dinheiro”, produziu um personagem que tem o seguinte perfil: “Estou perto, próximo ou íntimo de quem tem dinheiro, então também estou com dinheiro. Nem que seja apenas com o perfume do dinheiro”. Na política o candidato que está na posição de: “é quem vai ganhar, então eu ganho”, revelou um personagem que tem o seguinte perfil: não quero saber o que ele vai fazer, o que importa é que não perder meu voto. Bem, na política tem dessas coisas: “vou pro lado de quem vai ganhar”. Assim está começando o naufrágio da campanha a re-eleição de Carlos Augusto, muitos de seus aliados estão abandonando o barco. Foi noticiado no jornal Extra do dia 27 deste mês que o deputado Alcebíades Sabino (PSC) abortou a candidatura a Vice-prefeito de Gelson Apicelo (PDT) em sua chapa. Verdade? Não, é mentira. O que originou este boato foi a aproximação do PSB ( partido presidido por Roberto Santos, amigo do deputado Sabino de longa data, e tem como filiado o atual Vice-prefeito Ronaldo Fróes e o presidente da Câmara de Vereadores Carlos Afonso, todos pertencente ao núcleo político que projetou Sabino para a política, além dos vereadores Cemir Jóia e Edílson Ribeiro) a Sabino por uma possível costura política, reservando a vaga de Vice-prefeito ao PSB. Verdade? É possível. Havendo a confirmação nas convenções partidárias eu diria que eles tem o mesmo perfil dos personagens acima: “vou pro lado de quem vai ganhar”. Essa postura política do PSB (a se confirmar) declara, antes da abertura das urnas a derrota de Carlos Augusto. Dos membros do PSB quem tem mais importância política é o Carlos Afonso. O presidente do legislativo riostrense pelo que conhecemos não é homem de duas palavras e nem é afeito a traição, tem caráter. Que Carlos Augusto não está numa boa situação política, nós sabemos, mas a ponto de seus maiores aliados abandonarem o navio é revoltante. O processo político espera que não haja desistência pela disputa ao cargo de prefeito e que Carlos Augusto mantenha a firmeza e a altivez de um estadista. Ter apenas dois candidatos a prefeito na próxima eleição não é bom para a democracia, muito menos para o processo político. Como militante de partido e político sinto-me envergonhado. O PT do B riostrense sob a presidência de Paulo Nagib é o único partido sem amarras de acordos com nenhum dos dois lados e é defensor do grupo Terceira Via. Então, você que acha que o quadro político está definido, espere até o dia 30 de junho, pois poderá haver uma surpresa, uma boa surpresa. A possibilidade de ter na disputa ao cargo de prefeito no município de Rio das Ostras um terceiro nome. Verdade? Sim, é verdade. Mas nem que queiram me cortar o pescoço eu digo quem poderá ser o terceiro nome. Pelo menos por enquanto. Hasta la vista baby. Por hoje é só pessoal.

5.07.2008

Justiça Eleitoral Sub Judice

Justiça Eleitoral sub judice
Prevalecendo a vontade da maioria dos membros da Corte Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro em negar registro de candidaturas nas eleições municipais deste ano àqueles com anotações de crimes em trânsito na justiça colocará vários pré-candidatos provados pelo exercício de mandato eletivo e outros em situação não só de pré julgamento pela justiça, mas também pelo eleitor. Os candidatos que participaram de eleições anteriores sabem da dificuldade que terão pela frente ao concorrerem com suas candidaturas em situação indefinida. O eleitor (mesmo os que comprometem o voto) sempre foi atento em relação à validade do voto e precavido tende a mudança de candidato, caso descubra que seu escolhido esteja com a candidatura sub judice na justiça eleitoral. O jogo eleitoral tem prática cruel entre os concorrentes e uma situação como esta favorece o surgimento de boatos para intencionalmente provocar dúvidas e abalar a confiança do eleitor no candidato. Cada caso é um caso, mas há ocorrências na justiça eleitoral brasileira que candidatos que disputaram eleições sub judice e sagraram-se vencedores no pleito em que disputaram terminaram seus mandatos sem que a justiça eleitoral os julgasse dentro do período de seus mandatos. Temos como exemplo o município de Silva Jardim, aqui do Rio de Janeiro que em 2004 teve como candidato sub judice o prefeito da cidade o Sr. Lacerda. O prefeito e candidato Lacerda perdeu a disputa para Augusto Tinoco e após o término de seu mandato de prefeito sofreu outra derrota, mas desta vez para moralidade pública que através da justiça eleitoral o tornou inelegível. Os políticos debruçam nos preceitos da Constituição para afirmar que o candidato tem a seu favor a presunção da inocência que é garantida na Carta Maior e que a justiça é fiscal da lei e não produtora de lei e que para aplicar as recentes determinações de não acolher o registro de candidatos com anotações criminais só o podem fazer fundamentado em lei específica ou após alterar a Constituição. Combatendo o entendimento dos políticos em relação à interpretação da lei (atribuição da justiça) o judiciário eleitoral encontrou o respaldo necessário para o convencimento no texto da lei, precisamente na terminologia da palavra cândido que dá origem a expressão candidato: cândido quer dizer puro, limpo, ingênuo, inocente. A Justiça Eleitoral já se impôs em outros casos como o da fidelidade partidária e na do número de parlamentares nas câmaras de vereadores e até o momento os políticos que acusam a justiça de legislar continuam sob suas determinações. Em vários municípios o caldo vai engrossar, pois onde praticamente tinham candidaturas majoritárias firmadas e com ótimas chances de vencer a eleição o quadro poderá mudar com o aparecimento de novas candidaturas. O que impulsiona o surgimento de novos nomes na disputa eleitoral é o fato de candidatos que eram considerados “pules de dez” ter seus nomes anotados na justiça e por conta também do que dizem os presidentes dos tribunais regionais eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral que estão orientando os juizes eleitorais a decidir pela impugnação dos candidatos. Dos 27 representantes dos tribunais regionais que deliberaram no colégio de presidentes do Tribunal Eleitoral 17 acordaram que nos seus estados dificultarão o registro de quem não tenha uma vida pública pregressa compatível com o cargo que almeja. Porém, como dizem alguns advogados “bunda de neném e cabeça de juiz nunca se sabe quando a merda vem!”. Mesmo assim o cenário político vai mudar com a expectativa criada em torno da postura, até aqui, firme dos tribunais eleitorais.

Pedagogia empregada no combate ao dengue

Pedagogia empregada no combate ao dengue

Parece um assunto muito batido, falado quase que diariamente pelos telejornais e que se perguntados a nós se sabemos como combatê-lo diríamos que temos a resposta na ponta da língua. Esta resposta (que temos na ponta da língua) é uma forma de desviarmos dos nossos afazeres domésticos de combate ao dengue por pura preguiça. Desde 1986 quando foi descoberta a primeira epidemia de dengue no Brasil, o cidadão tratou o assunto apenas como notícia, ou seja, ouviu o recado mais não o entendeu. Pois é isso, nós apenas ouvimos e não entendemos, apesar de tanta propaganda. Após tanta fanfarronice com o mosquito as autoridades brasileiras e os cidadãos se perguntam de quem foi a culpa por tantas mortes causados pelo dengue. A culpa é de todos e é na crise que encontramos soluções para o problema e a indignação é o combustível que será queimado nas atividades de combate ao mosquito da dengue. No dia 26, quarta-feira, o programa Mais Você da Ana Maria Braga apresentou ao público uma reportagem sobre o combate ao mosquito da dengue e convidou o cientista Maulori Cabral, professor de microbiologia e virologia da UFRJ para dar uma aula de combate ao mosquito. Assistindo atentamente ao programa fui surpreendido pela afirmativa do professor Cabral de que o mosquito da dengue não gosta de água limpa. Perguntei-me: mas como se o que nos foi ensinado é que o mosquito gosta de água limpa e parada? Pois veio a explicação do professor: o mosquito gosta de água parada que contenha microorganismos para se alimentar, ou seja, água impura e rica em matéria orgânica. Mais interessante ainda foi minha descoberta na aula de que o mosquito não coloca o ovo diretamente na água e sim nas paredes de reservatórios e a dois milímetros da superfície d´água. Agora o mais gostoso da aula foi a pedagogia empregada. Dando exemplo das várias fases de crescimento do mosquito (o professor apresentou o próprio mosquito em suas fases de evolução) o cientista e professor Cabral nos ensinou como acabar com a próxima geração do mosquito através de equipamento simples, mas que requer respeito a algumas regras de montagem do equipamento que é feito com garrafa pet. O cientista Maulori Cabral, e pesquisadores da universidade e da Fiocruz desenvolveram um equipamento feito em plástico que se assemelha a uma ratoeira. No equipamento de plástico é reproduzido as condições necessárias para os mosquitos se reproduzirem, mas eles acabam ficando presos no fundo do recipiente e morrem. O professor batizou e patenteou o equipamento com o nome de “moquitoeira”. Como não conseguiram o patrocínio para colocar o equipamento no mercado para venda, descobriram que uma garrafa pet pode virar uma arma para derrotar o mosquito da dengue. A armadilha ganhou o nome de "mosquitérica", uma espécie de mosquiteiro genérica. A invenção é feita com uma garrafa pet, um pedaço de microtule, lixa, fita isolante, alpiste, arroz ou ração para gato e uma tesoura. A invenção é feita com uma garrafa pet, um pedaço de microtule, lixa, fita isolante, alpiste, arroz ou ração para gato e uma tesoura. A garrafa é cortada, a boca coberta com o tule, dentro vai arroz triturado e depois água. Uma parte da garrafa é encaixada na outra e vedada com fita isolante.O mosquito vai colocar os ovos perto da água. As larvas nascem, passam pela tela para comer lá embaixo. Elas crescem e não conseguem voltar pela tela, ficando presas dentro da garrafa e morrem. A garrafa é cortada, a boca coberta com o tule, dentro vai arroz triturado e depois água. Uma parte da garrafa é encaixada na outra e vedada com fita isolante. O mosquito vai colocar os ovos perto da água. As larvas nascem, passam pela tela para comer lá embaixo. Elas crescem e não conseguem voltar pela tela, ficando presas dentro da garrafa e morrem. Mas antes de fabricar a sua própria mosquitérica, é preciso se livrar de todos os possíveis focos de mosquito em casa. Só assim a armadilha vai ser 100% eficiente para eliminar o aedes egypt. Atenção: Não confundir o micro tule com tule, aquele usado em véu de noiva. O tule é mais aberto e pode deixar o mosquito escapar. Também é importante trocar a água uma vez por mês e antes de jogar fora, colocar detergente para matar as larvas do mosquito. Podemos contribuir muito nesta guerra ao repetir a didática desta aula em casa com os nossos filhos e pedir aos professores e professoras de nossas escolas que façam oficinas pedagógicas com as crianças para que construam o saber da proteção contra este inimigo que pelo tamanho nos parece inofensivo, mas que por nosso desleixo nos tornamos vítimas fatais de sua picada. Soluções simples, mas que podem salvar nossas vidas.

O Texas é aqui

O Texas é aqui
O Texas não é aqui
Se eu fosse você ficava até o final daqui

O Texas é o maior produtor de petróleo e gás dos Estados Unidos e em seu território está localizado a maior reserva deste produto em solo norte americano. Na bacia de Campos (o nome Campos não é homenagem a cidade de Campos dos Goitacazes e sim por ser uma bacia de vários campos de petróleo) a cada 4 barris de petróleo produzidos 1 é extraído de Rio das Ostras, ou seja, 25% do petróleo saem de nosso solo. Não é para comparar o Texas com Rio das Ostras em relação à produção de petróleo, não isso. A relação que quero fazer é sobre a possibilidade de exploração de petróleo e gás em terra, isso mesmo, em terra, como acontece no segundo maior estado americano. Não é novidade pra ninguém que a Fazenda de Itapebussus foi adquirida por um pool de empresários brasileiros e americanos e também não é novidade nenhuma que o governo municipal atual facilitou a vida dos vendedores e compradores da fazenda ao revogar parte dos dispositivos (a parte que interessava ao grupo) que criou a ARIE de Itapebussus. Quero chamar a sua atenção para uma coincidência incrível e você vai entender o porque da minha preocupação. Ainda não foi divulgada para a grande imprensa nacional (mas não vai demorar), a notícia de que a Petrobrás tem a provar um mega campo de petróleo e gás (mais gás do que petróleo) em terras riostrenses. Eu disse em terra, entendeu? São aproximadamente 40 km de extensão que este campo possui. O intervalo mais produtivo abrange como início a localidade de Bela Vista em Rio das Ostras e como término o bairro Novo Cavaleiro em Macaé. Acho que você ainda não se tocou. Qual APA (Área de Preservação Ambiental) se encontra neste intervalo territorial? É isso aí, a Lagoa de Iriry. Temos outra área de preservação que é o Monumento Natural dos Costões Rochosos que faz parte do patrimônio natural e turístico de Rio das Ostras que também está inserido na região do mega campo. Com a quebra do monopólio para a exploração de petróleo e gás e sua conseqüente divisão territorial em lotes a descoberta desta jazida pode vir a ser a primeira experiência brasileira de pagamento de exploração de petróleo a particulares (como acontece no Texas). Se a legislação assim o permitir não é muita coincidência a venda de uma fazenda a americanos que está sobre uma grande jazida de petróleo? Não temos como impedir a exploração desta jazida, pois há interesse público envolvido. Nós somos meros comuns, mas temos uma visão mais ampla do caso, pois nossa preocupação inclui respeito ao meio ambiente, conservação do patrimônio comum e pessoal, preservação das espécies, manutenção das características locais e o mais importante que é o bem estar de todos. Tenho a certeza que o envolvimento e comprometimento de todos os cidadãos contribuirá para que arranjemos soluções sustentáveis para mantermos os equilíbrios ambientais, sociais e econômicos.

Sempre, o último a saber é o povo

Sempre, o último a saber é o povo

Enquanto a estratégia dos profissionais do jornalismo é de informar com clareza e em tempo real os acontecimentos do mundo para conseguir cada vez mais a atenção de seus clientes a dos políticos é ocultar fatos e procrastinar decisões para que seus clientes não dêem a menor atenção à dinâmica do jogo político. Parodiando em política, “o negócio é a alma do segredo” (a versão original é: “o segredo é a alma do negócio”) os acordos se fecharam, se fecham e ainda se fecharão até o encerramento das eleições municipais deste ano. Acordos políticos raramente se fazem em público e à luz do dia e com muita freqüência são quebrados pelas próprias circunstâncias de sua dinâmica. Pouco se sabe do verdadeiro acordo que levou o prefeito Alcebíades Sabino a apoiar a candidatura ao cargo majoritário no município do presidente da Câmara de Vereadores Carlos Augusto no ano de 2004 que confrontou com sua declaração pública no ano de 2000 em apoio à candidatura a prefeito de seu vice Gelson Apicelo. Em 2004 Gelson Apicelo, indeciso sobre o apoio do prefeito a sua candidatura, procrastinou seu registro de candidato a prefeito e mesmo sem o apoio esperado fez uma ótima campanha eleitoral obtendo 47% dos votos válidos. Apesar de pensarem da mesma forma em relação da necessidade do surgimento de novas lideranças políticas, tanto Sabino, quanto Gelson Apicelo e Carlos Augusto por serem pesos políticos no município pressionam o ambiente naturalmente desestimulando o nascimento de novos líderes. Os seus sucessores sairão de seus ninhos e dominarão a política riostrense por muitos anos, quebrado apenas em caso do surgimento de um “fenômeno sobrenatural”. Não sendo sobrenaturais, mas potenciais candidatos, revelados por suas performances eleitorais, podem subir no bonde das especulações personalidades públicas que já testaram seus poderes de voto, como por exemplo, Pastor Broder (obteve mais de 5000 votos no Estado como candidato à dep. federal em 2006), Orlando Ferreira Neto, o Neco (vice-presidente da Câmara de Vereadores e eleito com 2106 votos em 2004), Alberto Moreira Jorge, o Betinho (eleito com 1348 votos em 2004), Carlos Afonso (presidente da Câmara de Vereadores, eleito com 1275 em 2004 e companheiro inseparável do prefeito Carlos Augusto) e Cemir Jóia (eleito com 1411 votos em 2004). Como se observa são políticos que passeiam pela mesma comunidade, podendo permanecer um dia na casa de um e noutro dia na casa de outro. Dos acima citados, chama a atenção o pastor Broder, que passeou rapidamente pelos três ninhos e atualmente está pousado na casa de Carlos Augusto. A revelação do acordo entre Carlos Augusto e Broder não se tornou público, mas suas palavras são ditas a todo o momento como candidato a vice-prefeito de Carlos Augusto. Fato oculto também é o acordo feito pelo presidente do PTN em Rio das Ostras, Francisco Espíndola para apoiar a candidatura a reeleição do atual prefeito, pois seu posicionamento político foi de sempre defender a renovação política e contra as mesmices políticas. A nomeação do presidente do PTN a um cargo comissionado no governo de Carlos Augusto é incompatível com seu histórico de luta política no município de Rio das Ostras. Sua atitude causou um imbróglio em seu grupo partidário, já que Sérgio Elias partidário do PTN auto proclama que é candidato a prefeito pelo partido ao qual é filiado. Sem acordo está o PT em Rio das Ostras, pois ainda não definiu o rumo que irá tomar nas próximas eleições, mesmo após as deliberações do PED 2007. A decisão petista deve se dar nas convenções partidárias e pelo histórico de participação nas eleições municipais a tendência é de ter candidatura própria, mesmo que a disputa a prefeito esteja polarizada. Outro fato oculto são os resultados das pesquisas de intenção de voto realizadas no município. Na semana passada foi a vez do Instituto Brasileiro de Pesquisas Sociais IBPS entrevistar eleitores e até agora não sabemos seu resultado e como é de costume a sua divulgação somente se dará após a definição das estratégias

9.11.2007

Sob outro prisma

O mal não é mais tão mal e o bem não é mais tão bem assim. Pois bem amigos, esta expressão que você acaba de ler exprime o pensamento político de algumas personalidades que querem se dar bem às custas do nosso esforço. No passado o que era ou os que eram o mal estava personificado nas pessoas que ameaçavam eleitoralmente o grupo estalado no poder. Qualquer indivíduo ou grupo que se apresentasse como alternativa eleitoral recebia o título de agente do mal. Em 1992, ano da emancipação política e administrativa do Município de Rio das Ostras e ano eleitoral também, um grupo de políticos representantes do poder casimirense recebeu o título de agente do mal por parte de outro grupo que disputava as cadeiras do poder de um município recém criado. O discurso em prosa e verso era cantado por quem defendia a liberdade (a emancipação e o fim de uma hegemonia política) como se estivesse amarrado aos grilhões do período da escravidão. As alianças políticas para eleger um nome que representasse os interesses exclusivos de um grupo formado puramente por riostrenses acabaram por dissipar-se numa lagoa de vaidades pessoais dos postulantes ao cargo a prefeito. Então continuamos sob domínio político do grupo casimirense com a eleição de Cláudio Ribeiro que era o apadrinhado político do prefeito de Casimiro de Abreu Célio Sarzedas. Personagens com relativa expressão na história do município como o vereador Gelson Apicelo, Virgílio Lagrimante, Homero Amaral, Francisco Nascimento e Alcebíades Sabino disputaram a preferência do eleitor ao cargo de prefeito com a imagem do salvador que ilustraria para sempre a biografia do povo riostrense ao serem os paladinos da liberdade, da dignidade, da auto-estima e do respeito ao seu povo. Mas, cada um do seu jeito, sem saberem que num futuro político estas palavras perderiam o seu verdadeiro valor quando ditas por eles e assim como a sua credibilidade política não mais os tornaria potenciais protagonistas de estórias eleitorais, lançaram-se um a um, no abismo político da aniquilação. A cada período eleitoral os personagens históricos se distanciavam mais da própria imagem, perdendo assim suas identidades políticas. Em 1996 um bloco político patrocinado por sanguessugas que se alimentam da ignorância e da pobreza da maioria que compõem o eleitorado de nossa cidade, mesmo à contra-gosto, referenda o acordo entre o prefeito Cláudio Ribeiro e o seu adversário o pré-candidato a prefeito Alcebíades Sabino. O mal não é mais tão mal e o bem não é mais tão bem assim. Na próxima edição eu continuo.
Publicado no jornal Razao n 60 primeira quinzena de setembro de 2007

8.29.2007

Repúdio a violencia – abaixo a repressão municipal

Caros amigos

Nunca pensei que o poder de coerção do Estado determinado na constituição pudesse ser substituído pelo poder arrogante de violenta coação das guardas municipais. Denuncio a sociedade que no Município de Rio das Ostras o poder de coerção do Estado na segurança pública exercido legalmente pela polícia militar convive com um poder paralelo exercido ilegalmente na segurança pública pela guarda municipal. Os poderes executivo, legislativo e judiciário que jamais poderiam se omitir perante o desrespeito ao limite de exercício da função, exacerbação do poder e exercício ilegal da função de policia pela guarda municipal apóiam as atividades de uma instituição que nasceu infectada por um vírus que bloqueia os sentidos de cidadania: tolerância, educação, respeito e inteligência. O espírito reinante na guarda municipal está armado pelo entendimento de que a ineficiência e inoperância da polícia preventiva e ostensiva é o instrumento autorizativo para a atuação de uma polícia paralela com forte envolvimento e influencia de autoridades municipais que salvaguardam suas práticas ilegais. . Este foi o curso do deságüe viral que contaminou muitos membros do efetivo da guarda municipal (sem generalizar). A doença que destrói corpo, mente e alma da guarda municipal faz vítimas em seus espasmos violentos. Voce com certeza já deve ter ouvido de amigos relatos sobre mal comportamento de guardas municipais, mas nunca igual ao ato de violência, constrangimento e humilhação provocado pelos GM Rafael Leone, Sergio Murilo, Amaro, Arthur entre outros a uma pessoa, que passo a relatar: - um tradicional e conhecido comerciante filho de Rio das Ostras estaciona seu veículo todos os dias no mesmo lugar próximo ao seu comércio, tendo como vizinhos a Secretaria de Saúde e de Fazenda e uma unidade móvel da guarda municipal. Acostumado a ser urbano e educado cumprimenta a todos com seu bom dia os amigos de comércio, servidores dos órgãos municipais e os guardas municipais. Na última quinta feira, dia 16 de agosto uma guarnição do órgão executivo de transito agiu premeditadamente com violência contra um cidadão filho de filhos desta cidade. Um erro de interpretação por parte do agente executivo de transito na aplicação de uma norma induziu o comerciante a não permitir que seu veiculo fosse rebocado. Invocando o seu direito e na intenção de contribuir com o agente de transito solicitou que a ele fosse permitido retirar o veiculo, sendo negado imediatamente a ele este direito. Absurdamente a ele foi negado também o direito de passagem ao interior de seu veiculo. Por sua insistência em querer entrar no veículo foi violentamente agredido por quatro guardas municipais que dispensaram a ele tratamento de bandido ao algemá-lo e a porco abatido ao carregá-lo pelas mãos e pés. Parecia cena de um violento dia de confrontos numa favela. Humilhação assistida por seu filho, amigos e populares que nada puderam fazer para impedir tamanha atrocidade, senão solidarizar como testemunha. Revelo a voce amigo leitor que ser conhecido, prestar serviço ao município, ser filho da terra e outros qualificativos que determinam uma conduta reta não são elementos a serem considerados numa ação de adversidade das autoridades municipais.

8.15.2007

Sintaxe politica

Sintaxe política

Não esperávamos o retorno dele, mas ele voltou. Pensávamos que ele havia perdido a paciência com o eleitor e desistido de influenciar anonimamente na política, mas não, ele está de volta ao cenário político da mesma maneira de sempre: como um covarde. Sem rosto e sem personalidade. Sem coragem e sem caráter. Sem classificação e identificação. Dono de um invejável conhecimento sobre a política e os políticos riostrenses esse sujeito oculto vai fazendo das suas. Ofensas, denúncias, dissimulações e intrigas preenchem seu currículo eleitoral baseado nas suas frustradas atuações de conquista do poder. Na sintaxe política ele não é um sujeito simples, pois vem acompanhado por outros agentes que pensam e agem como ele. O sujeito é composto por frustrações e medos. Não reconhece que no jogo democrático destacam-se os sujeitos determinados e com predicados que ele próprio não encontra si: honestidade, honradez, habilidade, fidelidade, entre outros qualificativos que o eleitor quer encontrar num agente público. Deparei-me no primeiro fim de semana de agosto com uma equipe de meninas que distribuía um folheto com o titulo de “Político Preconceituoso” sob a assinatura de um pseudo “Movimento Pela Ética Na Política”. O texto manifesto podemos considerá-lo como apócrifo (mesmo que contenha endereço eletrônico para o envio de comentários), pois o seu conteúdo informativo não revela orientação política ou partidária ou qualquer estilo literário capaz de identificar o autor ou autores. O documento é de cunho estritamente pessoal, com direção a personalidade e caráter do seu protagonista: Alcebíades Sabino. Em períodos eleitorais passados também protagonizaram estórias relacionadas com temas abordados em documentários sem autoria alguns personagens que ocuparam importantes cargos de poder no Município de Rio das Ostras, são eles: Cláudio Ribeiro, Tereza Gianazzi e Carlos Augusto Carvalho Balthazar. Isto nos leva a crer que o sujeito indeterminado é sempre um perdedor? Creio que não. Mas com certeza nos leva ao entendimento de que ele não deseja perder o que tem e também o que possa vir a possuir no futuro quando estiver investido em cargo público. Meu caro leitor em nossa cidade a disputa pelo poder não cumpri regras o que torna o jogo político perigoso. É um jogo de vale tudo onde o eleitor é classificado e identificado como um sujeito passivo.

Publicado no Jornal Razão número 59 – Segunda quinzena de Agosto de 2007.

8.06.2007

Em mundos diferentes - parte 1

Terminado o processo eleitoral de outubro de 2004, fiz um pedido a Deus para que me iluminasse em minha jornada como comentarista politico de periódicos locais. Já se vão três anos e centenas de artigos publicados. Muitos leitores elogiaram e outros tantos criticaram e até alguns não acreditavam que os textos eram de minha autoria. Normal isto acontecer. Não pretendo ter unanimidade entre os leitores, mas gosto do questionamento, do embate e da efusão. Como cidadão sou resolvido politicamente, atuo, jogo e gosto da política, mesmo indo contra os ensinamentos de meu saudoso pai e desobedecendo as ordens da minha querida mãe que prefere me ver longe do ambiente político. Nascido em berço de família pobre, sem recursos, mas rica em força de trabalho e inteligência, conheço muito bem as dificuldades e os obstáculos transpostos pelas familias que contribuíram para o desenvolvimento de Rio das Ostras. Conheço a política por dentro e por fora, como técnico e político, fruto do serviço prestado à administração pública municipal de 1998 a 2003, combinado com as ações de coordenação política da eleição majoritária e proporcional de 2004 e 2006. Gosto de falar olhando nos olhos de quem me reserva a atenção para que se preserve a possibilidade do questionamento de quem me ouve, promovendo sua conclusão se estou dizendo a verdade. Não gosto de mentiras. Não consigo enganar a ninguém. Tenho o conhecimento das muitas práticas de enganação realizadas por agentes e políticos de mandato para se manterem no poder. Não sou omisso como muitos. Todos somos políticos, querendo ou não. As mazelas causadas pelo desvio de conduta, pela má formação de caráter e pela personalidade indefinida de muitas pessoas são o que fazem os cidadãos acreditarem que na política só há a defesa por interesses próprios, nenhum desprendimento do poder e a obtenção deste a qualquer custo. O mundo em que as famílias de trabalhadores assalariados e pequenos empresários vivem está sendo transformado num caos social promovido pela ganância, ambição exagerada e pela banalização da vida por quem detém os poderes político e de influência política em nosso pais. Suas condutas são desviadas dos princípios e fundamentos de promoção e de defesa do bem estar público e da defesa do patrimônio público. Seus caráteres não permitem que olhem nos olhos daqueles que refletem a imagem do sofrimento causado pela perda da dignidade humana, da felicidade e do amor próprio. Suas personalidades indefinidas ficam expostas no púlpito reservado a defesa do interesse público para que qualquer cidadão veja o que realmente defendem.
Publicado no Jornal Razao nº 58 de 3 a 17 de agosto de 2007

7.19.2007

A Espera de um milagre

“A coisa está preta”. Essa expressão é utilizada quando nos encontramos numa situação desfavorável, principalmente quando o assunto é dinheiro. As classes C, D e E que comporta o maior número de brasileiros é a que movimenta a economia de consumo nacional e concentra a força de trabalho da produção e um grande percentual do capital brasileiro. E onde estão as pessoas que movimentam a economia? Nos municípios. São os municípios que dão as respostas para que a estatística forme o quadro social brasileiro. Suas riquezas, sua força de trabalho, seus serviços e seu poder de desenvolvimento. A cidade de Rio das Ostras é considerada pelos números econômicos um município rico e pelos sociais um município ainda pobre. A riqueza natural finita que deveria está movimentando a economia riostrense está concentrada nas mãos de poucos com a aquiescência do poder público. A riqueza natural e infinita há muito não tem uma política pública de relevância, mas ainda espera por atitudes políticas que a coloquem como prioridade na contribuição do desenvolvimento da cidade.
Antes da chegada da Petrobrás à região Norte Fluminense a população riostrense vivia numa economia baseada nas divisas recebidas pelos visitantes advindos da Região Sudeste e pelos chamados veranistas que aqui mantinham casa de praia em busca de tranqüilidade e felicidade, assim como pelo pequeno giro de produção e de comércio agrícola, pecuário e pesqueiro. As divisas eram aplicadas na construção civil que movimentava o mercado imobiliário e a sua força de trabalho conseqüentemente impulsionava o comércio, o serviço e a agropecuária. O comércio, o serviço e a agropecuária por sua vez criavam postos de trabalho e assim o município se desenvolvia. Mas se a atividade petrolífera traz desenvolvimento porquê o número de encerramento de atividades comerciais é maior que a de abertura? Se a atividade petrolífera cria postos de trabalho o porquê de tanto desemprego na região? Porque os recursos produzidos por nossa riqueza finita, o petróleo, não tem um plano de investimento que financie os setores econômicos.
O setor público que detêm a administração da riqueza do petróleo não definiu sua distribuição. Preferem concentrar os investimentos em serviços que consomem uma enorme quantidade de recursos, executados por empresas que remetem os lucros para fora do município. O estoque em banco de dinheiro público está muito alto e a quantidade de dinheiro circulando no município está muito baixo. O poder público do município atualmente está muito dependente dos recursos dos royalties e a aplicação desses recursos está direcionada para o aumento de seu patrimônio. O governo que administra o Município de Rio das Ostras precisa corrigir as distorções a tempo, senão o bolsão de pobreza que já não é pequeno em nossa cidade tende a aumentar.
Houve uma movimentação na classe industrial e comercial estabelecidos no Bairro de Mar do Norte em Rio das Ostras para que efetivamente o poder público municipal coloque em prática os fundamentos do FUNDERO (Fundo de Desenvolvimento Econômico de Rio das Ostras). Esta movimentação com certeza frutificará, pela importância que tem este setor na economia riostrense, mas não basta. É necessário provocar todos os seguimentos da sociedade para que em conjunto pressionemos o governo para que aplique um choque de desenvolvimento.
Já denunciei o desaquecimento de nossa economia e em conversa de pé de ouvido com o prefeito do Município de Rio das Ostras e propus a regulamentação da Lei Municipal nº 509/2000, que contêm vários benefícios para o setor comercial. A regulamentação desta lei proporcionará ao mercado um aumento significativo em suas vendas com o ingresso de mais R$ 10 milhões de reais por mês. Esperamos que o governo se sensibilize com os reclamos do setor, afinal, o maior empregador é o setor privado, como também seu grande financiador, merecendo a total atenção dos homens que estão à frente do poder.

O Retorno

Bem, pode parecer provocação, mas não é. A convite do diretor do Jornal Razão, manterei uma coluna sobre assuntos livres no espaço cedido pelo amigo Abraão Ney de Souza, presidente da Colônia Z-22, sem intitulá-la, porém nomeando os assuntos. É da ciência de todos e principalmente dos políticos que o tema de minha preferência é a abordagem da atuação política nos bastidores, com o objetivo de revelar (resguardando o interesse de me manter vivo) os acontecimentos que não chegam ao ouvido povo. É verdadeiro que já tive e tenho problemas na justiça por conta de minhas abordagens temáticas, mas nada que um bom advogado não reverta. Considerei corajoso o homem Ronaldo Brandão e percebi que ao trazer uma pessoa com o meu perfil para fazer parte do corpo de colunistas é provar que o seu veiculo de comunicação não tem amarras com governos.Não somente sou conhecido como colunista, sou também um conhecido filho de Rio das Ostras que faz da pesca seu meio de sobrevivência. Obtive destaque no meio político por minhas convicções e pela maneira como me comportei na defesa de meus ideais. A imprensa eu considero como fortaleza da democracia e aqueles que tentam amordaçá-la como inimigos do povo. O porquê eu digo isso? Existem pessoas que não sabem conviver com a verdade, principalmente quando estão no exercício do poder. A verdade acaba não sendo absoluta e a mentira é relativa para aqueles que se locupletam no poder. É preciso enxergar por trás do pano, ir ao fundo para esclarecer muitas coisas. Não podemos nos acomodar ou acostumar com as mentiras ditas a cada dia de que tudo está bem. Bem para quem? É preciso ir além. Tínhamos um atraso político de décadas quando pertencíamos a Casimiro de Abreu e agora amargamos um atraso pior na área social e econômica perto de completarmos 15 anos de emancipação político-administrativa. Estamos perdendo uma grande chance de tornar Rio das Ostras uma cidade que não dependa dos royalties. O povo riostrense está perdendo a chance de colocar Rio das Ostras num patamar elevado de crescimento. Os políticos que estiveram e estão no poder não deram e não darão chances aos nossos filhos de viverem numa cidade independente. Os homens públicos desta cidade têm de ousar e usar a coragem para defender um grande projeto de desenvolvimento e justiça social. O momento é agora e devemos exigir de quem está no poder e de quem quer estar no poder soluções para que mais tarde não nos culpemos por nossa omissão e cumplicidade com governos desastrosos que ceifaram as oportunidades de nos tornarmos homens e mulheres mais felizes.

A Ancora que precisamos - Parte 1

No domingo passado proseando com moradores da comunidade do Âncora descobri que muitos de seus moradores não conhecem o projeto original do Residential Praia Âncora. Projetado para ser o mais completo empreendimento imobiliário aberto do município e um nicho de investimento na região dos lagos na década de 70 este empreendimento tinha como mote “terreno na praia mais barato que o preço da lagosta”. A campanha publicitária teve repercussão nacional, pois sua veiculação se deu no horário nobre das principais emissoras de televisão e rádio, assim como a sua propaganda se deu nas páginas dos principais jornais do país. Entre o pool de empresas participantes do projeto estavam o Banco Auxiliar S/A e o Banco Bonfiglioli S/A que foram os responsáveis pelo financiamento da carteira de clientes que adquiram os terrenos. Os compradores, tanto de varejo como de atacado, em sua maioria não tinham conhecimento algum do balneário que justificasse a compra, a não ser pelas facilidades criadas pelos vendedores que classificaram a compra de terrenos como sub produto de sua linha, ou seja, fechamento de “negócio casado”, como aqueles em que os clientes para obterem financiamento do banco são pressionados a adquirirem seus produtos. Enquanto o grupo de parceiros do empreendimento estavam com saúde financeira o Residential Praia Âncora manteve-se vigoroso em seu projeto original. Bastou o anúncio da falência dos bancos para que oportunistas se apropriassem de áreas de compradores descuidados. Então o abandono de um fez-se o achado de outro. Deu-se, então, a invasão ao Âncora. Um mercado negro de terrenos se instalou, ocupando-se áreas públicas e privadas. Desordenadamente os invasores dividiram o loteamento em sub-loteamentos e vendendo lotes sem a medida padrão de mercado, além de avançar sobre ruas e avenidas. Na época nada se fez para a proteção da propriedade privada por parte da justiça. Do mesmo modo o poder executivo se posicionou, razão pelo qual se manteve a expansão da invasão ao Residential Praia Âncora, que se agravou mais ainda com o incentivo de parlamentares à invasão. A justificativa daqueles que por obrigação funcional era coibir tal prática baseou-se no abandono de área pelos titulares da propriedade, falta de pagamento de impostos e a necessidade de promover o crescimento demográfico de uma região afastada do centro da cidade. Os políticos da época perceberam que aquela região receberia a ocupação de pessoas sem muitas posses, de origem muito humilde e de baixa escolaridade e que a região se transformaria em um ambiente propício de ocupação de uma massa populacional de fácil manipulação política.

A Espera de um milagre 2

As eleições majoritária e proporcional de 2008 vão ter um dos seus primeiros desdobramentos no final de setembro e início de outubro deste ano, quando as siglas partidárias encaminham ao Tribunal Regional Eleitoral suas listas de filiações contendo os nomes dos pré-candidatos aos cargos eletivos do próximo pleito eleitoral. A cada eleição aprendemos mais, seja como eleitor ou eleito, cidadão comum ou cidadão politizado. Muitas respostas foram dadas aos políticos e para aqueles que fazem a análise política dos resultados. O eleitor não deu a mínima para as denúncias e dossiês que surgiram entre o ano de 2004 e 2006. Prova disso foram as eleições vencidas pela maioria das pessoas que estavam sendo investigadas. Enquanto a justiça não dá ao povo a resposta, este sim, responde a justiça elegendo e reelegendo figuras que somente maculam a imagem de instituições políticas. Elegeram Paulo Maluf, José Genoíno e Clodovil Hernandez e reelegeram João Paulo Cunha, José Mentor, Professor Luisinho e outras aberrações políticas. Fica provado que em política a verdade não é absoluta e que a mentira é relativa. Então o povo entendeu o recado. O presente político dos ex-prefeitos revelam que são expoentes representantes regionais e que as alianças locais foram a base para o alcance de uma representação em defesa dos interesses do Norte, Noroeste Fluminense e Região dos Lagos. Como não é tendência e sim acordo, as afinidades com os governantes que ajudaram a eleger em 2004 deve se seguir inalteradas em 2008. Em Macaé Riverton Mussi e Silvio Lopes caminham para a manutenção de uma aliança política sólida. O mesmo ocorre em Cabo Frio entre Marquinhos Mendes e Alair Corrêa. Em Rio das Ostras não é diferente a situação da aliança política entre o Secretário Estadual de Trabalho e Renda do governo estadual e deputado estadual Alcebíades Sabino e o prefeito Carlos Augusto Carvalho Balthazar. Silvio Lopes, Alair Corrêa e Sabino são homens públicos de longa data e já ocuparam cargos de relevância no estado e sabem se comportar quando o interesse maior é o município. Apesar das aparências a situação política entre Sabino e Carlos Augusto vai melhorar com a intervenção dos interesses políticos. Alcebíades Sabino demonstrará maturidade política e não se deixará envaidecer pelos números eleitorais.Neste momento há um sério desequilíbrio político, até natural, mas a tendência é o realinhamento das forças, a bem da política riostrense. O momento não é propício para desafios, afrontas ou qualquer espécie de perturbação política. Os interesses individuais não devem ficar acima dos interesses coletivos. É necessário entender os limites que a política impõe e respeitar o rodízio do poder. A perpetuação no poder é perigosa, pois quando não se mantém pelo uso da força o uso do poder político e econômico é o que dita a regra, o que origina a corrupção.