8.15.2007

Sintaxe politica

Sintaxe política

Não esperávamos o retorno dele, mas ele voltou. Pensávamos que ele havia perdido a paciência com o eleitor e desistido de influenciar anonimamente na política, mas não, ele está de volta ao cenário político da mesma maneira de sempre: como um covarde. Sem rosto e sem personalidade. Sem coragem e sem caráter. Sem classificação e identificação. Dono de um invejável conhecimento sobre a política e os políticos riostrenses esse sujeito oculto vai fazendo das suas. Ofensas, denúncias, dissimulações e intrigas preenchem seu currículo eleitoral baseado nas suas frustradas atuações de conquista do poder. Na sintaxe política ele não é um sujeito simples, pois vem acompanhado por outros agentes que pensam e agem como ele. O sujeito é composto por frustrações e medos. Não reconhece que no jogo democrático destacam-se os sujeitos determinados e com predicados que ele próprio não encontra si: honestidade, honradez, habilidade, fidelidade, entre outros qualificativos que o eleitor quer encontrar num agente público. Deparei-me no primeiro fim de semana de agosto com uma equipe de meninas que distribuía um folheto com o titulo de “Político Preconceituoso” sob a assinatura de um pseudo “Movimento Pela Ética Na Política”. O texto manifesto podemos considerá-lo como apócrifo (mesmo que contenha endereço eletrônico para o envio de comentários), pois o seu conteúdo informativo não revela orientação política ou partidária ou qualquer estilo literário capaz de identificar o autor ou autores. O documento é de cunho estritamente pessoal, com direção a personalidade e caráter do seu protagonista: Alcebíades Sabino. Em períodos eleitorais passados também protagonizaram estórias relacionadas com temas abordados em documentários sem autoria alguns personagens que ocuparam importantes cargos de poder no Município de Rio das Ostras, são eles: Cláudio Ribeiro, Tereza Gianazzi e Carlos Augusto Carvalho Balthazar. Isto nos leva a crer que o sujeito indeterminado é sempre um perdedor? Creio que não. Mas com certeza nos leva ao entendimento de que ele não deseja perder o que tem e também o que possa vir a possuir no futuro quando estiver investido em cargo público. Meu caro leitor em nossa cidade a disputa pelo poder não cumpri regras o que torna o jogo político perigoso. É um jogo de vale tudo onde o eleitor é classificado e identificado como um sujeito passivo.

Publicado no Jornal Razão número 59 – Segunda quinzena de Agosto de 2007.

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