7.19.2007

O Retorno

Bem, pode parecer provocação, mas não é. A convite do diretor do Jornal Razão, manterei uma coluna sobre assuntos livres no espaço cedido pelo amigo Abraão Ney de Souza, presidente da Colônia Z-22, sem intitulá-la, porém nomeando os assuntos. É da ciência de todos e principalmente dos políticos que o tema de minha preferência é a abordagem da atuação política nos bastidores, com o objetivo de revelar (resguardando o interesse de me manter vivo) os acontecimentos que não chegam ao ouvido povo. É verdadeiro que já tive e tenho problemas na justiça por conta de minhas abordagens temáticas, mas nada que um bom advogado não reverta. Considerei corajoso o homem Ronaldo Brandão e percebi que ao trazer uma pessoa com o meu perfil para fazer parte do corpo de colunistas é provar que o seu veiculo de comunicação não tem amarras com governos.Não somente sou conhecido como colunista, sou também um conhecido filho de Rio das Ostras que faz da pesca seu meio de sobrevivência. Obtive destaque no meio político por minhas convicções e pela maneira como me comportei na defesa de meus ideais. A imprensa eu considero como fortaleza da democracia e aqueles que tentam amordaçá-la como inimigos do povo. O porquê eu digo isso? Existem pessoas que não sabem conviver com a verdade, principalmente quando estão no exercício do poder. A verdade acaba não sendo absoluta e a mentira é relativa para aqueles que se locupletam no poder. É preciso enxergar por trás do pano, ir ao fundo para esclarecer muitas coisas. Não podemos nos acomodar ou acostumar com as mentiras ditas a cada dia de que tudo está bem. Bem para quem? É preciso ir além. Tínhamos um atraso político de décadas quando pertencíamos a Casimiro de Abreu e agora amargamos um atraso pior na área social e econômica perto de completarmos 15 anos de emancipação político-administrativa. Estamos perdendo uma grande chance de tornar Rio das Ostras uma cidade que não dependa dos royalties. O povo riostrense está perdendo a chance de colocar Rio das Ostras num patamar elevado de crescimento. Os políticos que estiveram e estão no poder não deram e não darão chances aos nossos filhos de viverem numa cidade independente. Os homens públicos desta cidade têm de ousar e usar a coragem para defender um grande projeto de desenvolvimento e justiça social. O momento é agora e devemos exigir de quem está no poder e de quem quer estar no poder soluções para que mais tarde não nos culpemos por nossa omissão e cumplicidade com governos desastrosos que ceifaram as oportunidades de nos tornarmos homens e mulheres mais felizes.

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