Terminado o processo eleitoral de outubro de 2004, fiz um pedido a Deus para que me iluminasse em minha jornada como comentarista politico de periódicos locais. Já se vão três anos e centenas de artigos publicados. Muitos leitores elogiaram e outros tantos criticaram e até alguns não acreditavam que os textos eram de minha autoria. Normal isto acontecer. Não pretendo ter unanimidade entre os leitores, mas gosto do questionamento, do embate e da efusão. Como cidadão sou resolvido politicamente, atuo, jogo e gosto da política, mesmo indo contra os ensinamentos de meu saudoso pai e desobedecendo as ordens da minha querida mãe que prefere me ver longe do ambiente político. Nascido em berço de família pobre, sem recursos, mas rica em força de trabalho e inteligência, conheço muito bem as dificuldades e os obstáculos transpostos pelas familias que contribuíram para o desenvolvimento de Rio das Ostras. Conheço a política por dentro e por fora, como técnico e político, fruto do serviço prestado à administração pública municipal de 1998 a 2003, combinado com as ações de coordenação política da eleição majoritária e proporcional de 2004 e 2006. Gosto de falar olhando nos olhos de quem me reserva a atenção para que se preserve a possibilidade do questionamento de quem me ouve, promovendo sua conclusão se estou dizendo a verdade. Não gosto de mentiras. Não consigo enganar a ninguém. Tenho o conhecimento das muitas práticas de enganação realizadas por agentes e políticos de mandato para se manterem no poder. Não sou omisso como muitos. Todos somos políticos, querendo ou não. As mazelas causadas pelo desvio de conduta, pela má formação de caráter e pela personalidade indefinida de muitas pessoas são o que fazem os cidadãos acreditarem que na política só há a defesa por interesses próprios, nenhum desprendimento do poder e a obtenção deste a qualquer custo. O mundo em que as famílias de trabalhadores assalariados e pequenos empresários vivem está sendo transformado num caos social promovido pela ganância, ambição exagerada e pela banalização da vida por quem detém os poderes político e de influência política em nosso pais. Suas condutas são desviadas dos princípios e fundamentos de promoção e de defesa do bem estar público e da defesa do patrimônio público. Seus caráteres não permitem que olhem nos olhos daqueles que refletem a imagem do sofrimento causado pela perda da dignidade humana, da felicidade e do amor próprio. Suas personalidades indefinidas ficam expostas no púlpito reservado a defesa do interesse público para que qualquer cidadão veja o que realmente defendem.
Publicado no Jornal Razao nº 58 de 3 a 17 de agosto de 2007
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