9.23.2008

Plano de Poder

Plano de Poder

Cada vez mais lideranças religiosas protestantes estão se envolvendo com a política. Muitos com apenas a alcunha de “pastores” e outros realmente com formação teológica que justifique o título de pastores de rebanho cristão se aventuram em disputas eleitorais como candidatos ou como orientadores religiosos de pessoas que buscam o poder na política. É inegável que a associação de denominações protestantes possa interferir em um ambiente que há muitos anos era dominado por pessoas que não tinha compromissos com a igreja. Os cristãos católicos brasileiros e a igreja católica jamais aceitaram a gerência de seus sacerdotes em questões de conflito entre religião e política, partidarismo ou apoio a determinado candidato. Manter e ampliar o poder sobre o outro é o que busca aquele que se usa como instrumento de Deus contra o livre arbítrio do homem. Mas é exatamente no livre arbítrio que se encontra a justificativa para a participação da casta representativa do povo evangélico. Com o posto de dono da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) e considerado um dos maiores líderes religiosos de influência na política nacional, o bispo Edir Macedo lança às vésperas da eleição o livro de sua autoria com o título Plano de Poder – Deus, os Cristãos e a Política. No livro analisa o cientista político Roberto Romano, o bispo Macedo envia uma mensagem aos fiéis para que deixem de lado o pudor de lidar com a política. – Antes, os protestantes acentuavam a ruptura com o mundo. A política, a idéia de quanto mais abençoado o homem, mais rico ou poderoso ele era, era jogada para o católico ou para o judeu. Os evangélicos estão mudando esta idéia. Agora, Macedo diz: “Vocês já foram conquistados por Jesus, sabem como isso os consola. Mas para que o ´ Plano de Deus ` se realize, temos que deixar o pudor de mexer com a política. Assim como O Príncipe de Maquiavel se tornou bíblia para políticos de perfil centralizador, o Evangelho Segundo Edir Macedo constante em seu livro Plano de Poder – Deus, os Cristãos e a Política é a parte principal da liturgia de sua escritura para que os evangélicos não tenham pudor na política. O estreitamento de relações entre os protestantes e os políticos, produziu em Rio das Ostras três entidades de representação das denominações evangélicas: APLERO (Associação dos Pastores e Líderes Evangélicos de Rio das Ostras), Associação de Pastores Pentecostais de Rio das Ostras e recentemente o Conselho de Pastores de Rio das Ostras. Todas vão além de seus objetivos sociais, rivalizando pela aproximação e relação com o poder público e suas autoridades. O caminho para esta relação e aproximação nem sempre se fez em sentido de mão dupla, pois as entidades pouco recebem e os políticos recebem muito. De vários projetos sociais elaborados pelas entidades evangélicas, não há o conhecimento de que algum esteja em execução em parceria com o poder público. Somente eventos que atrai público como o Expo Gospel, Cruzada Evangelística e a Feira do Livro Espírita despertou o interesse do poder público e recebeu o financiamento com o dinheiro do povo. A frase “quem com porcos se mistura farelo come” é uma boa analogia para esta relação: igreja versus política. Um ambiente formado mais pela defesa dos interesses pessoais do que por interesses coletivos levam aqueles que praticam a doutrina da verdade em Deus a lidar ou praticar a mentira, a traição e a corrupção do homem. O mexer com a política sem pudor pregada pelo bispo Edir Macedo e hoje publicada em livro, levou centenas de fiéis em agosto de 2004 a reunião organizada por líderes evangélicos na Câmara Municipal de Rio das Ostras para ouvir a promessa do então candidato a Prefeito Carlos Augusto de construir um templo evangélico de 600 lugares. Não ocorreu a construção (e nem deveria ocorrer) do templo, mas há relatos de uma compensação de aproximadamente R$ 5.000,00 para cada liderança pertencente à base evangélica de apoio ao candidato a prefeito Carlos Augusto. Bem, esta relação sempre provoca ruptura de união nas comunidades evangélicas, porque nem todos são a favor de que seus líderes religiosos sejam beneficiados com cargos públicos. De repente sou eu que estou confuso por falta de uma orientação espiritual de um grande líder encarnado e deva procurar o Manoel Ferreira da Assembléia de Deus para que possa enxergar o poder de Deus nas obras do homem. Talvez Carlos Augusto é que esteja correto em ser batizado no catolicismo, ter aceitado Jesus na Assembléia, ter chutado a santa na Universal, ter contato com o espírito na mesa branca do Xangô Menino toda quarta e ter fumado cachimbo com meu tio zóinho e minha comadre Rosângela no terreiro no último sábado dia 20 e preparando o caminho pra encontrar Sabino na próxima encruzilhada. Deus que me proteja!

9.03.2008

Decisões Políticas e Políticas Públicas

Decisões Políticas e Políticas Públicas

Existem diferenças entre decisões políticas e políticas públicas. Nem toda decisão política chega a ser uma política pública. Decisão política é uma escolha dentre um leque de alternativas, já política pública, que engloba também a decisão política, pode ser entendida como sendo um nexo entre a teoria e a ação. Esta última está relacionada com questões de liberdade e igualdade, ao direito à satisfação das necessidades básicas, como emprego, educação, saúde, habitação, acesso à terra, meio ambiente, transporte etc. Em nossa vida político administrativa, que é recente, iniciada em 1993, por obrigação constitucional o primeiro governo (1993-1996) enfrentou o desafio da instalação do município de Rio das Ostras. Com muito esforço, empenho e dedicação a contribuição de todos valeu a implantação dos sistemas de serviços públicos básicos, como escolas, postos de saúde, administração e arrecadação e o sistema geral de viabilidade jurídica, o legislativo e a lei orgânica. Recém instalado o município administrou a herança herdada da cidade mãe contando com a paciência de sua população, já que os recursos eram poucos e muito ainda tinha a ser feito. O município além da falta de recursos carecia, também, de instrumento legislativo para o ordenamento urbano. Muito se teorizou na época da emancipação com as promessas dos atores políticos que dominavam importante parcela de eleitores do 3º distrito, mas nada de concreto aconteceu em relação às ações de políticas públicas. Como disse, o município administrou o que recebeu, não expandindo os serviços e menos ainda praticando ou priorizando uma decisão política dentre as tantas colocadas como alternativas. Quer dizer que apenas nasceu. O início do segundo governo (1997-2000) foi marcado pelas dificuldades que enfrentou em relação à cobrança da população que exigia o pronto restabelecimento dos serviços públicos e sua expansão. Desafiado por tenebrosos últimos 9 meses de gestão em 1996 levou o governo que iniciava a tomar decisões políticas que retornasse o município à estabilidade institucional. O legislativo composto por rancorosos e viciados membros em busca do atendimento dos interesses pessoais induziu um levante contra o executivo entre 1997 e 1998, contornado em 1999 com um pacto de mais participação dos vereadores na indicação de cargos no executivo e na paternidade de alguns e futuros projetos elaborados pelo governo. Ainda em 1999 ocorreu a explosão dos royalties, recursos que foi determinante para a reeleição do segundo governo. Daí em diante o terceiro governo (2001-2004) pôde executar a maioria das ações constante no Projeto Rio das Ostras 2000, chegando a concluir 50% do que fora prometido. Muito se construiu e investiu. A cada ano de governo mais escolas, mais postos de saúde, mais centro de atendimento aos desassistidos, mais ruas pavimentadas e muitos sonhos ainda por querer realizar. Mas, ainda faltavam decisões para a escolha dentre um leque de alternativas que produzissem ações que concretizassem a melhora significativa na prestação de serviços básicos a população. De categoria de município pobre passamos a de rico, mas não houve a decisão por priorizar determinada política pública. Foram lançados alguns modelos experimentais na saúde, na educação, na assistência social e no turismo, mas nada que virasse referência nacional de atendimento às necessidades básicas da população. É claro que estamos melhores do que quando iniciamos, mas poderíamos ter ido mais longe. Foi dado ao quarto governo (2005-2008) a chance de tomar as decisões políticas que nos colocaria como uma das melhores cidades do Brasil em qualidade de vida. Com os cofres abarrotados de dinheiro e um plano de metas de investimento em infra-estrutura e saneamento básico tínhamos todas as condições de atingir os objetivos de atender bem a população em seus anseios por liberdade e igualdade, satisfação das necessidades básicas, como emprego, educação, saúde, habitação, acesso à terra, meio ambiente, transporte etc. Mas isso não ocorreu. Não atendemos tudo que fora prometido. Não tomamos decisões políticas que priorizassem algumas das tantas alternativas em ações de política pública. Nestes últimos quatros foram reduzidas nossas expectativas, mas ainda podemos implantar, desenvolver ações que levem Rio das Ostras a ser inseridos no rol de municípios com políticas públicas consolidadas e contínuas. Devemos tomar decisões políticas debruçados em nossa agenda de ações de políticas públicas e determinar o que é prioridade, pois o futuro está logo ali.


8.22.2008

UM SOPRO DE VIDA PRA BERTOLT BRECHT

UM SOPRO DE VIDA PRA BERTOLT BRECHET

Os que lutam

"Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis."

Bertolt Brecht

Nunca na História desta cidade vimos uma eleição para prefeito e vice com apenas duas candidaturas. O eleitor se pergunta o que falta às outras lideranças políticas para estarem presentes na disputa à administração do Município de Rio das Ostras. Eu digo. Falta ao eleitor o interesse de ver (pelo menos até este momento) políticos sem histórico político à frente da administração da cidade. Todos aqueles que se lançaram como alternativas nesta eleição não experimentaram o voto, nunca disputaram um pleito se quer. Temos lideranças políticas fantásticas, com perfis que não se assemelham ao dos dois candidatos concorrentes a prefeitura de Rio das Ostras. Pessoas possuidoras de bons projetos, idealistas, com experiência pública, competência profissional e nomes limpos. São requisitos que os membros de qualquer sociedade deveriam levar em consideração para construir um nome de um político capaz de concorrer com chance na disputa às eleições contra aqueles que se auto proclamam “donos do destino do povo”. O caso em Rio das Ostras se assemelha a da maioria dos municípios brasileiros: quem constrói um político é o meio político predominante. O berço dos políticos vencedores é preparado para receber as provetas que serão no futuro os provedores dos interesses de quem os alimentou e os tornaram homens fortes. É assim aqui, ali e acolá. Os mais fortes sobrevivem. Não basta ter apenas vontade, vigor físico e inteligência para entrar na disputa por votos. Historicamente e culturalmente a maioria dos eleitores não dá chances ao fraco e ao honesto. Fraco e honesto não vinga em ambiente contaminado pela perversão dos interesses individuais. O eleitor prefere aqueles criados a “toddy” que se acostumaram às disputas pelo alimento produzido no poder. Daí surge os fortes para fazer valer o dito das regras. As candidaturas de Sabino e Carlos Augusto são fruto da imposição de pessoas que dominam setores importantes da política e da economia no município. Não poderia ser diferente. Os dois conseguiram se sobrepor aos outros. Com poder político e econômico acumulado nos longos anos de vida política vão para a disputa do voto com comportamentos iguais, mas diferentes. Sabino com o comportamento de quem navega em mar de almirante tendo a seu favor os bons ventos que o faz avançar na conquista de mais um ou dois mandatos. Sua justificativa é que seu projeto pessoal de tornar a cidade mais educada, limpa, sadia, organizada e segura não foi concluído nos 8 anos em que administrou o município. É justo, muito justo, justíssimo em seu direito legítimo. Carlos Augusto com o comportamento de general que perdeu a passada quer mais 4 anos para acertar o passo, mas tem contra si a atuação do tempo e de pessoas que contribuem para a corrosão das estruturas que liga sua gestão à do outro e perecendo neste momento do tempo perdido, agoniza no atraso de uma “gestão lenta e gradual”. Mas, ainda tenta com um sopro de vida ao unir forças meio que à força para remendar os rasgos no que atualmente simboliza sua gestão: a ponte estaiada. As diferenças entre os dois saltam aos olhos em comparação administrativa e política. O primeiro quer consolidar as políticas desenvolvidas em sua gestão entre 1996 e 2004 com o incremento da participação popular, fundindo-se o vigor dos trabalhadores com o carinho provocado pelo amor que todos tem por esta cidade. Assim como em 1996 deixa seu compromisso escrito em uma Carta Programa de Governo. O outro perdido no atraso de uma gestão lenta e ineficiente tenta se erguer apoiando-se com as bengalas que foram construídas nas oficinas de marketing de Santa Rita e Cia. Usa a estratégia do “abafa”: mais quantidade e menos qualidade. A coordenação de campanha de Carlos Augusto repete a estratégia de 2004 com a seguinte ordem: poluição audiovisual provocado pelo grande número de veículos estilizados e sonorizados em circulação; faixas e placas em fachadas e sacadas; pessoas contratadas e servidores transformados em cabos eleitorais; cooptação de líderes religiosos; etc., e com a síntese de uma campanha milionária e sem precedentes. Diferente e bem diferente está o comportamento do judiciário riostrense nesta eleição. Na eleição passada o Juiz Eleitoral Dr. André Fernandes Arruda só se fazia presente em irregularidade eleitoral através de provocação por escrito, ou seja, em processo formalizado. Hoje a titular do juízo eleitoral riostrense Dr. Maira Valéria sempre coloca um passo a frente assim que percebe irregularidades ou desrespeito a lei eleitoral. Fica bem claro seu comportamento ético e sua fidelidade à magistratura ao não tomar partido na disputa que cerram os dois candidatos a prefeito. Não posso falar o mesmo para o 4º poder. Na imprensa escrita, televisada ou falada o bicho está pegando. Tomaram partido na eleição os veículos de informação que são “subvencionados” pelo governo. Matérias e editoriais que refletem claramente a pessoalidade e parcialidade dos donos dos veículos de comunicação em favor do candidato a reeleição ao cargo majoritário no município de Rio das Ostras Carlos Augusto. A única rádio oficial no município de propriedade do deputado federal Bernardo Ariston (PMDB partido do atual prefeito) prega a desinformação, principalmente em problemas que flagelam o povo: a falta d’água. Tentam tripudiar do povo ao corroborar com mentiras e ao venderem o espírito jornalístico. Na mesma esteira estão os jornais que não são oficiais no município (aqueles que não têm registros e são considerados clandestinos pela lei de imprensa), mas circulam trazendo desinformação e desrespeito às pessoas. Será que os donos de veículos de comunicação acham que o povo é burro? Que suas palavras chegam somente àqueles que não sabem “ler, enxergar e ouvir”? Os iletrados que não sabem ler sabem enxergar e ouvir, assim como os surdos. Os cegos sabem ler e ouvir. Cegos, surdos e mudos são as deficiências daqueles propagam desinformações com o objetivo de subtrair o direito todos em saber a verdade. Esta é a verdadeira morte súbita e que foi inventada pelos carlistas estrangeiros e não por sabinistas brasileiros.

5.27.2008

വേര്ടടെസ് ഔ മേന്ടിരാസ്

Bastidores Políticos, verdades ou mentiras?

Meu amigo, minha amiga, caro leitor e leitora, prestem atenção aos comentários deste artigo, pois se você é um cidadão atento ou não sobre o que acontece na política eleitoral terá em mãos uma grande contribuição para elucidar os enigmas, os mistérios, as dúvidas e tudo o mais de escondidos que os nossos políticos riostrenses preparam para o mês de junho até o fim das eleições municipais deste ano. Você sabe amigo e amiga que este colunista não guarda segredos políticos, até porque se os guardasse o título desta coluna não seria condizente com os textos de “Bastidores Políticos”. Todos já devem ter ouvido a expressão “em política tudo pode acontecer”. Pois é verdade. O jogo político aceita como regra mentiras que se tornam verdades e verdades que se tornam mentiras. Temos até o momento dois pré-candidatos a prefeito melhor bem colocados no ranking de institutos de pesquisas indicando a tendência de intenções de votos para prefeito a favor do deputado estadual Alcebíades Sabino em cerca de 50% contra 32% para o candidato a re-eleição Carlos Augusto. Mentira? Não, não é mentira. Como o documento é público tive acesso para constatar o método e os critérios. Verdade? Sim, é verdade sim. A publicação deste resultado deflagrou uma série muito usada como estratégia política, o boato, que tem sempre um fundo de verdade. Disseminaram no ambiente político que Alcebíades Sabino não poderia vir candidato por uma série de motivos: político, econômico, jurídico, etc. Político por supostos acordos que teria feito com o grupo do atual prefeito; econômico pela compra por milhões de reais para sua desistência em ser candidato; e jurídico por conta do processo de cassação do diploma de deputado por suposta compra de votos em Silva Jardim e também por estar em trânsito um processo de improbidade administrativa em contrato de compra superfaturada de combustíveis, amplamente divulgada pela imprensa, entre outros. Mentira? Sim, é mentira. O deputado estadual Sabino já demonstrou e deu provas a todos que nada o impedirá de vir candidato, e que nem mesmo o Tribunal Regional Eleitoral será capaz de o impedir, caso o julgue como não-cândido. Entende, ele, que está amparado por preceito constitucional da presunção da inocência e o transitado em julgado. Verdade? Sim, é verdade. O dito popular que diz assim: “dinheiro, chama dinheiro”, produziu um personagem que tem o seguinte perfil: “Estou perto, próximo ou íntimo de quem tem dinheiro, então também estou com dinheiro. Nem que seja apenas com o perfume do dinheiro”. Na política o candidato que está na posição de: “é quem vai ganhar, então eu ganho”, revelou um personagem que tem o seguinte perfil: não quero saber o que ele vai fazer, o que importa é que não perder meu voto. Bem, na política tem dessas coisas: “vou pro lado de quem vai ganhar”. Assim está começando o naufrágio da campanha a re-eleição de Carlos Augusto, muitos de seus aliados estão abandonando o barco. Foi noticiado no jornal Extra do dia 27 deste mês que o deputado Alcebíades Sabino (PSC) abortou a candidatura a Vice-prefeito de Gelson Apicelo (PDT) em sua chapa. Verdade? Não, é mentira. O que originou este boato foi a aproximação do PSB ( partido presidido por Roberto Santos, amigo do deputado Sabino de longa data, e tem como filiado o atual Vice-prefeito Ronaldo Fróes e o presidente da Câmara de Vereadores Carlos Afonso, todos pertencente ao núcleo político que projetou Sabino para a política, além dos vereadores Cemir Jóia e Edílson Ribeiro) a Sabino por uma possível costura política, reservando a vaga de Vice-prefeito ao PSB. Verdade? É possível. Havendo a confirmação nas convenções partidárias eu diria que eles tem o mesmo perfil dos personagens acima: “vou pro lado de quem vai ganhar”. Essa postura política do PSB (a se confirmar) declara, antes da abertura das urnas a derrota de Carlos Augusto. Dos membros do PSB quem tem mais importância política é o Carlos Afonso. O presidente do legislativo riostrense pelo que conhecemos não é homem de duas palavras e nem é afeito a traição, tem caráter. Que Carlos Augusto não está numa boa situação política, nós sabemos, mas a ponto de seus maiores aliados abandonarem o navio é revoltante. O processo político espera que não haja desistência pela disputa ao cargo de prefeito e que Carlos Augusto mantenha a firmeza e a altivez de um estadista. Ter apenas dois candidatos a prefeito na próxima eleição não é bom para a democracia, muito menos para o processo político. Como militante de partido e político sinto-me envergonhado. O PT do B riostrense sob a presidência de Paulo Nagib é o único partido sem amarras de acordos com nenhum dos dois lados e é defensor do grupo Terceira Via. Então, você que acha que o quadro político está definido, espere até o dia 30 de junho, pois poderá haver uma surpresa, uma boa surpresa. A possibilidade de ter na disputa ao cargo de prefeito no município de Rio das Ostras um terceiro nome. Verdade? Sim, é verdade. Mas nem que queiram me cortar o pescoço eu digo quem poderá ser o terceiro nome. Pelo menos por enquanto. Hasta la vista baby. Por hoje é só pessoal.

5.07.2008

Justiça Eleitoral Sub Judice

Justiça Eleitoral sub judice
Prevalecendo a vontade da maioria dos membros da Corte Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro em negar registro de candidaturas nas eleições municipais deste ano àqueles com anotações de crimes em trânsito na justiça colocará vários pré-candidatos provados pelo exercício de mandato eletivo e outros em situação não só de pré julgamento pela justiça, mas também pelo eleitor. Os candidatos que participaram de eleições anteriores sabem da dificuldade que terão pela frente ao concorrerem com suas candidaturas em situação indefinida. O eleitor (mesmo os que comprometem o voto) sempre foi atento em relação à validade do voto e precavido tende a mudança de candidato, caso descubra que seu escolhido esteja com a candidatura sub judice na justiça eleitoral. O jogo eleitoral tem prática cruel entre os concorrentes e uma situação como esta favorece o surgimento de boatos para intencionalmente provocar dúvidas e abalar a confiança do eleitor no candidato. Cada caso é um caso, mas há ocorrências na justiça eleitoral brasileira que candidatos que disputaram eleições sub judice e sagraram-se vencedores no pleito em que disputaram terminaram seus mandatos sem que a justiça eleitoral os julgasse dentro do período de seus mandatos. Temos como exemplo o município de Silva Jardim, aqui do Rio de Janeiro que em 2004 teve como candidato sub judice o prefeito da cidade o Sr. Lacerda. O prefeito e candidato Lacerda perdeu a disputa para Augusto Tinoco e após o término de seu mandato de prefeito sofreu outra derrota, mas desta vez para moralidade pública que através da justiça eleitoral o tornou inelegível. Os políticos debruçam nos preceitos da Constituição para afirmar que o candidato tem a seu favor a presunção da inocência que é garantida na Carta Maior e que a justiça é fiscal da lei e não produtora de lei e que para aplicar as recentes determinações de não acolher o registro de candidatos com anotações criminais só o podem fazer fundamentado em lei específica ou após alterar a Constituição. Combatendo o entendimento dos políticos em relação à interpretação da lei (atribuição da justiça) o judiciário eleitoral encontrou o respaldo necessário para o convencimento no texto da lei, precisamente na terminologia da palavra cândido que dá origem a expressão candidato: cândido quer dizer puro, limpo, ingênuo, inocente. A Justiça Eleitoral já se impôs em outros casos como o da fidelidade partidária e na do número de parlamentares nas câmaras de vereadores e até o momento os políticos que acusam a justiça de legislar continuam sob suas determinações. Em vários municípios o caldo vai engrossar, pois onde praticamente tinham candidaturas majoritárias firmadas e com ótimas chances de vencer a eleição o quadro poderá mudar com o aparecimento de novas candidaturas. O que impulsiona o surgimento de novos nomes na disputa eleitoral é o fato de candidatos que eram considerados “pules de dez” ter seus nomes anotados na justiça e por conta também do que dizem os presidentes dos tribunais regionais eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral que estão orientando os juizes eleitorais a decidir pela impugnação dos candidatos. Dos 27 representantes dos tribunais regionais que deliberaram no colégio de presidentes do Tribunal Eleitoral 17 acordaram que nos seus estados dificultarão o registro de quem não tenha uma vida pública pregressa compatível com o cargo que almeja. Porém, como dizem alguns advogados “bunda de neném e cabeça de juiz nunca se sabe quando a merda vem!”. Mesmo assim o cenário político vai mudar com a expectativa criada em torno da postura, até aqui, firme dos tribunais eleitorais.

Pedagogia empregada no combate ao dengue

Pedagogia empregada no combate ao dengue

Parece um assunto muito batido, falado quase que diariamente pelos telejornais e que se perguntados a nós se sabemos como combatê-lo diríamos que temos a resposta na ponta da língua. Esta resposta (que temos na ponta da língua) é uma forma de desviarmos dos nossos afazeres domésticos de combate ao dengue por pura preguiça. Desde 1986 quando foi descoberta a primeira epidemia de dengue no Brasil, o cidadão tratou o assunto apenas como notícia, ou seja, ouviu o recado mais não o entendeu. Pois é isso, nós apenas ouvimos e não entendemos, apesar de tanta propaganda. Após tanta fanfarronice com o mosquito as autoridades brasileiras e os cidadãos se perguntam de quem foi a culpa por tantas mortes causados pelo dengue. A culpa é de todos e é na crise que encontramos soluções para o problema e a indignação é o combustível que será queimado nas atividades de combate ao mosquito da dengue. No dia 26, quarta-feira, o programa Mais Você da Ana Maria Braga apresentou ao público uma reportagem sobre o combate ao mosquito da dengue e convidou o cientista Maulori Cabral, professor de microbiologia e virologia da UFRJ para dar uma aula de combate ao mosquito. Assistindo atentamente ao programa fui surpreendido pela afirmativa do professor Cabral de que o mosquito da dengue não gosta de água limpa. Perguntei-me: mas como se o que nos foi ensinado é que o mosquito gosta de água limpa e parada? Pois veio a explicação do professor: o mosquito gosta de água parada que contenha microorganismos para se alimentar, ou seja, água impura e rica em matéria orgânica. Mais interessante ainda foi minha descoberta na aula de que o mosquito não coloca o ovo diretamente na água e sim nas paredes de reservatórios e a dois milímetros da superfície d´água. Agora o mais gostoso da aula foi a pedagogia empregada. Dando exemplo das várias fases de crescimento do mosquito (o professor apresentou o próprio mosquito em suas fases de evolução) o cientista e professor Cabral nos ensinou como acabar com a próxima geração do mosquito através de equipamento simples, mas que requer respeito a algumas regras de montagem do equipamento que é feito com garrafa pet. O cientista Maulori Cabral, e pesquisadores da universidade e da Fiocruz desenvolveram um equipamento feito em plástico que se assemelha a uma ratoeira. No equipamento de plástico é reproduzido as condições necessárias para os mosquitos se reproduzirem, mas eles acabam ficando presos no fundo do recipiente e morrem. O professor batizou e patenteou o equipamento com o nome de “moquitoeira”. Como não conseguiram o patrocínio para colocar o equipamento no mercado para venda, descobriram que uma garrafa pet pode virar uma arma para derrotar o mosquito da dengue. A armadilha ganhou o nome de "mosquitérica", uma espécie de mosquiteiro genérica. A invenção é feita com uma garrafa pet, um pedaço de microtule, lixa, fita isolante, alpiste, arroz ou ração para gato e uma tesoura. A invenção é feita com uma garrafa pet, um pedaço de microtule, lixa, fita isolante, alpiste, arroz ou ração para gato e uma tesoura. A garrafa é cortada, a boca coberta com o tule, dentro vai arroz triturado e depois água. Uma parte da garrafa é encaixada na outra e vedada com fita isolante.O mosquito vai colocar os ovos perto da água. As larvas nascem, passam pela tela para comer lá embaixo. Elas crescem e não conseguem voltar pela tela, ficando presas dentro da garrafa e morrem. A garrafa é cortada, a boca coberta com o tule, dentro vai arroz triturado e depois água. Uma parte da garrafa é encaixada na outra e vedada com fita isolante. O mosquito vai colocar os ovos perto da água. As larvas nascem, passam pela tela para comer lá embaixo. Elas crescem e não conseguem voltar pela tela, ficando presas dentro da garrafa e morrem. Mas antes de fabricar a sua própria mosquitérica, é preciso se livrar de todos os possíveis focos de mosquito em casa. Só assim a armadilha vai ser 100% eficiente para eliminar o aedes egypt. Atenção: Não confundir o micro tule com tule, aquele usado em véu de noiva. O tule é mais aberto e pode deixar o mosquito escapar. Também é importante trocar a água uma vez por mês e antes de jogar fora, colocar detergente para matar as larvas do mosquito. Podemos contribuir muito nesta guerra ao repetir a didática desta aula em casa com os nossos filhos e pedir aos professores e professoras de nossas escolas que façam oficinas pedagógicas com as crianças para que construam o saber da proteção contra este inimigo que pelo tamanho nos parece inofensivo, mas que por nosso desleixo nos tornamos vítimas fatais de sua picada. Soluções simples, mas que podem salvar nossas vidas.

O Texas é aqui

O Texas é aqui
O Texas não é aqui
Se eu fosse você ficava até o final daqui

O Texas é o maior produtor de petróleo e gás dos Estados Unidos e em seu território está localizado a maior reserva deste produto em solo norte americano. Na bacia de Campos (o nome Campos não é homenagem a cidade de Campos dos Goitacazes e sim por ser uma bacia de vários campos de petróleo) a cada 4 barris de petróleo produzidos 1 é extraído de Rio das Ostras, ou seja, 25% do petróleo saem de nosso solo. Não é para comparar o Texas com Rio das Ostras em relação à produção de petróleo, não isso. A relação que quero fazer é sobre a possibilidade de exploração de petróleo e gás em terra, isso mesmo, em terra, como acontece no segundo maior estado americano. Não é novidade pra ninguém que a Fazenda de Itapebussus foi adquirida por um pool de empresários brasileiros e americanos e também não é novidade nenhuma que o governo municipal atual facilitou a vida dos vendedores e compradores da fazenda ao revogar parte dos dispositivos (a parte que interessava ao grupo) que criou a ARIE de Itapebussus. Quero chamar a sua atenção para uma coincidência incrível e você vai entender o porque da minha preocupação. Ainda não foi divulgada para a grande imprensa nacional (mas não vai demorar), a notícia de que a Petrobrás tem a provar um mega campo de petróleo e gás (mais gás do que petróleo) em terras riostrenses. Eu disse em terra, entendeu? São aproximadamente 40 km de extensão que este campo possui. O intervalo mais produtivo abrange como início a localidade de Bela Vista em Rio das Ostras e como término o bairro Novo Cavaleiro em Macaé. Acho que você ainda não se tocou. Qual APA (Área de Preservação Ambiental) se encontra neste intervalo territorial? É isso aí, a Lagoa de Iriry. Temos outra área de preservação que é o Monumento Natural dos Costões Rochosos que faz parte do patrimônio natural e turístico de Rio das Ostras que também está inserido na região do mega campo. Com a quebra do monopólio para a exploração de petróleo e gás e sua conseqüente divisão territorial em lotes a descoberta desta jazida pode vir a ser a primeira experiência brasileira de pagamento de exploração de petróleo a particulares (como acontece no Texas). Se a legislação assim o permitir não é muita coincidência a venda de uma fazenda a americanos que está sobre uma grande jazida de petróleo? Não temos como impedir a exploração desta jazida, pois há interesse público envolvido. Nós somos meros comuns, mas temos uma visão mais ampla do caso, pois nossa preocupação inclui respeito ao meio ambiente, conservação do patrimônio comum e pessoal, preservação das espécies, manutenção das características locais e o mais importante que é o bem estar de todos. Tenho a certeza que o envolvimento e comprometimento de todos os cidadãos contribuirá para que arranjemos soluções sustentáveis para mantermos os equilíbrios ambientais, sociais e econômicos.

Sempre, o último a saber é o povo

Sempre, o último a saber é o povo

Enquanto a estratégia dos profissionais do jornalismo é de informar com clareza e em tempo real os acontecimentos do mundo para conseguir cada vez mais a atenção de seus clientes a dos políticos é ocultar fatos e procrastinar decisões para que seus clientes não dêem a menor atenção à dinâmica do jogo político. Parodiando em política, “o negócio é a alma do segredo” (a versão original é: “o segredo é a alma do negócio”) os acordos se fecharam, se fecham e ainda se fecharão até o encerramento das eleições municipais deste ano. Acordos políticos raramente se fazem em público e à luz do dia e com muita freqüência são quebrados pelas próprias circunstâncias de sua dinâmica. Pouco se sabe do verdadeiro acordo que levou o prefeito Alcebíades Sabino a apoiar a candidatura ao cargo majoritário no município do presidente da Câmara de Vereadores Carlos Augusto no ano de 2004 que confrontou com sua declaração pública no ano de 2000 em apoio à candidatura a prefeito de seu vice Gelson Apicelo. Em 2004 Gelson Apicelo, indeciso sobre o apoio do prefeito a sua candidatura, procrastinou seu registro de candidato a prefeito e mesmo sem o apoio esperado fez uma ótima campanha eleitoral obtendo 47% dos votos válidos. Apesar de pensarem da mesma forma em relação da necessidade do surgimento de novas lideranças políticas, tanto Sabino, quanto Gelson Apicelo e Carlos Augusto por serem pesos políticos no município pressionam o ambiente naturalmente desestimulando o nascimento de novos líderes. Os seus sucessores sairão de seus ninhos e dominarão a política riostrense por muitos anos, quebrado apenas em caso do surgimento de um “fenômeno sobrenatural”. Não sendo sobrenaturais, mas potenciais candidatos, revelados por suas performances eleitorais, podem subir no bonde das especulações personalidades públicas que já testaram seus poderes de voto, como por exemplo, Pastor Broder (obteve mais de 5000 votos no Estado como candidato à dep. federal em 2006), Orlando Ferreira Neto, o Neco (vice-presidente da Câmara de Vereadores e eleito com 2106 votos em 2004), Alberto Moreira Jorge, o Betinho (eleito com 1348 votos em 2004), Carlos Afonso (presidente da Câmara de Vereadores, eleito com 1275 em 2004 e companheiro inseparável do prefeito Carlos Augusto) e Cemir Jóia (eleito com 1411 votos em 2004). Como se observa são políticos que passeiam pela mesma comunidade, podendo permanecer um dia na casa de um e noutro dia na casa de outro. Dos acima citados, chama a atenção o pastor Broder, que passeou rapidamente pelos três ninhos e atualmente está pousado na casa de Carlos Augusto. A revelação do acordo entre Carlos Augusto e Broder não se tornou público, mas suas palavras são ditas a todo o momento como candidato a vice-prefeito de Carlos Augusto. Fato oculto também é o acordo feito pelo presidente do PTN em Rio das Ostras, Francisco Espíndola para apoiar a candidatura a reeleição do atual prefeito, pois seu posicionamento político foi de sempre defender a renovação política e contra as mesmices políticas. A nomeação do presidente do PTN a um cargo comissionado no governo de Carlos Augusto é incompatível com seu histórico de luta política no município de Rio das Ostras. Sua atitude causou um imbróglio em seu grupo partidário, já que Sérgio Elias partidário do PTN auto proclama que é candidato a prefeito pelo partido ao qual é filiado. Sem acordo está o PT em Rio das Ostras, pois ainda não definiu o rumo que irá tomar nas próximas eleições, mesmo após as deliberações do PED 2007. A decisão petista deve se dar nas convenções partidárias e pelo histórico de participação nas eleições municipais a tendência é de ter candidatura própria, mesmo que a disputa a prefeito esteja polarizada. Outro fato oculto são os resultados das pesquisas de intenção de voto realizadas no município. Na semana passada foi a vez do Instituto Brasileiro de Pesquisas Sociais IBPS entrevistar eleitores e até agora não sabemos seu resultado e como é de costume a sua divulgação somente se dará após a definição das estratégias