8.29.2007

Repúdio a violencia – abaixo a repressão municipal

Caros amigos

Nunca pensei que o poder de coerção do Estado determinado na constituição pudesse ser substituído pelo poder arrogante de violenta coação das guardas municipais. Denuncio a sociedade que no Município de Rio das Ostras o poder de coerção do Estado na segurança pública exercido legalmente pela polícia militar convive com um poder paralelo exercido ilegalmente na segurança pública pela guarda municipal. Os poderes executivo, legislativo e judiciário que jamais poderiam se omitir perante o desrespeito ao limite de exercício da função, exacerbação do poder e exercício ilegal da função de policia pela guarda municipal apóiam as atividades de uma instituição que nasceu infectada por um vírus que bloqueia os sentidos de cidadania: tolerância, educação, respeito e inteligência. O espírito reinante na guarda municipal está armado pelo entendimento de que a ineficiência e inoperância da polícia preventiva e ostensiva é o instrumento autorizativo para a atuação de uma polícia paralela com forte envolvimento e influencia de autoridades municipais que salvaguardam suas práticas ilegais. . Este foi o curso do deságüe viral que contaminou muitos membros do efetivo da guarda municipal (sem generalizar). A doença que destrói corpo, mente e alma da guarda municipal faz vítimas em seus espasmos violentos. Voce com certeza já deve ter ouvido de amigos relatos sobre mal comportamento de guardas municipais, mas nunca igual ao ato de violência, constrangimento e humilhação provocado pelos GM Rafael Leone, Sergio Murilo, Amaro, Arthur entre outros a uma pessoa, que passo a relatar: - um tradicional e conhecido comerciante filho de Rio das Ostras estaciona seu veículo todos os dias no mesmo lugar próximo ao seu comércio, tendo como vizinhos a Secretaria de Saúde e de Fazenda e uma unidade móvel da guarda municipal. Acostumado a ser urbano e educado cumprimenta a todos com seu bom dia os amigos de comércio, servidores dos órgãos municipais e os guardas municipais. Na última quinta feira, dia 16 de agosto uma guarnição do órgão executivo de transito agiu premeditadamente com violência contra um cidadão filho de filhos desta cidade. Um erro de interpretação por parte do agente executivo de transito na aplicação de uma norma induziu o comerciante a não permitir que seu veiculo fosse rebocado. Invocando o seu direito e na intenção de contribuir com o agente de transito solicitou que a ele fosse permitido retirar o veiculo, sendo negado imediatamente a ele este direito. Absurdamente a ele foi negado também o direito de passagem ao interior de seu veiculo. Por sua insistência em querer entrar no veículo foi violentamente agredido por quatro guardas municipais que dispensaram a ele tratamento de bandido ao algemá-lo e a porco abatido ao carregá-lo pelas mãos e pés. Parecia cena de um violento dia de confrontos numa favela. Humilhação assistida por seu filho, amigos e populares que nada puderam fazer para impedir tamanha atrocidade, senão solidarizar como testemunha. Revelo a voce amigo leitor que ser conhecido, prestar serviço ao município, ser filho da terra e outros qualificativos que determinam uma conduta reta não são elementos a serem considerados numa ação de adversidade das autoridades municipais.

8.15.2007

Sintaxe politica

Sintaxe política

Não esperávamos o retorno dele, mas ele voltou. Pensávamos que ele havia perdido a paciência com o eleitor e desistido de influenciar anonimamente na política, mas não, ele está de volta ao cenário político da mesma maneira de sempre: como um covarde. Sem rosto e sem personalidade. Sem coragem e sem caráter. Sem classificação e identificação. Dono de um invejável conhecimento sobre a política e os políticos riostrenses esse sujeito oculto vai fazendo das suas. Ofensas, denúncias, dissimulações e intrigas preenchem seu currículo eleitoral baseado nas suas frustradas atuações de conquista do poder. Na sintaxe política ele não é um sujeito simples, pois vem acompanhado por outros agentes que pensam e agem como ele. O sujeito é composto por frustrações e medos. Não reconhece que no jogo democrático destacam-se os sujeitos determinados e com predicados que ele próprio não encontra si: honestidade, honradez, habilidade, fidelidade, entre outros qualificativos que o eleitor quer encontrar num agente público. Deparei-me no primeiro fim de semana de agosto com uma equipe de meninas que distribuía um folheto com o titulo de “Político Preconceituoso” sob a assinatura de um pseudo “Movimento Pela Ética Na Política”. O texto manifesto podemos considerá-lo como apócrifo (mesmo que contenha endereço eletrônico para o envio de comentários), pois o seu conteúdo informativo não revela orientação política ou partidária ou qualquer estilo literário capaz de identificar o autor ou autores. O documento é de cunho estritamente pessoal, com direção a personalidade e caráter do seu protagonista: Alcebíades Sabino. Em períodos eleitorais passados também protagonizaram estórias relacionadas com temas abordados em documentários sem autoria alguns personagens que ocuparam importantes cargos de poder no Município de Rio das Ostras, são eles: Cláudio Ribeiro, Tereza Gianazzi e Carlos Augusto Carvalho Balthazar. Isto nos leva a crer que o sujeito indeterminado é sempre um perdedor? Creio que não. Mas com certeza nos leva ao entendimento de que ele não deseja perder o que tem e também o que possa vir a possuir no futuro quando estiver investido em cargo público. Meu caro leitor em nossa cidade a disputa pelo poder não cumpri regras o que torna o jogo político perigoso. É um jogo de vale tudo onde o eleitor é classificado e identificado como um sujeito passivo.

Publicado no Jornal Razão número 59 – Segunda quinzena de Agosto de 2007.

8.06.2007

Em mundos diferentes - parte 1

Terminado o processo eleitoral de outubro de 2004, fiz um pedido a Deus para que me iluminasse em minha jornada como comentarista politico de periódicos locais. Já se vão três anos e centenas de artigos publicados. Muitos leitores elogiaram e outros tantos criticaram e até alguns não acreditavam que os textos eram de minha autoria. Normal isto acontecer. Não pretendo ter unanimidade entre os leitores, mas gosto do questionamento, do embate e da efusão. Como cidadão sou resolvido politicamente, atuo, jogo e gosto da política, mesmo indo contra os ensinamentos de meu saudoso pai e desobedecendo as ordens da minha querida mãe que prefere me ver longe do ambiente político. Nascido em berço de família pobre, sem recursos, mas rica em força de trabalho e inteligência, conheço muito bem as dificuldades e os obstáculos transpostos pelas familias que contribuíram para o desenvolvimento de Rio das Ostras. Conheço a política por dentro e por fora, como técnico e político, fruto do serviço prestado à administração pública municipal de 1998 a 2003, combinado com as ações de coordenação política da eleição majoritária e proporcional de 2004 e 2006. Gosto de falar olhando nos olhos de quem me reserva a atenção para que se preserve a possibilidade do questionamento de quem me ouve, promovendo sua conclusão se estou dizendo a verdade. Não gosto de mentiras. Não consigo enganar a ninguém. Tenho o conhecimento das muitas práticas de enganação realizadas por agentes e políticos de mandato para se manterem no poder. Não sou omisso como muitos. Todos somos políticos, querendo ou não. As mazelas causadas pelo desvio de conduta, pela má formação de caráter e pela personalidade indefinida de muitas pessoas são o que fazem os cidadãos acreditarem que na política só há a defesa por interesses próprios, nenhum desprendimento do poder e a obtenção deste a qualquer custo. O mundo em que as famílias de trabalhadores assalariados e pequenos empresários vivem está sendo transformado num caos social promovido pela ganância, ambição exagerada e pela banalização da vida por quem detém os poderes político e de influência política em nosso pais. Suas condutas são desviadas dos princípios e fundamentos de promoção e de defesa do bem estar público e da defesa do patrimônio público. Seus caráteres não permitem que olhem nos olhos daqueles que refletem a imagem do sofrimento causado pela perda da dignidade humana, da felicidade e do amor próprio. Suas personalidades indefinidas ficam expostas no púlpito reservado a defesa do interesse público para que qualquer cidadão veja o que realmente defendem.
Publicado no Jornal Razao nº 58 de 3 a 17 de agosto de 2007