11.29.2005
11.26.2005
11.23.2005
O Endereço da Boa Saúde
A atividade pesqueira foi a principal fonte de desenvolvimento econômico em Rio das Ostras no século passado e um fator de grande importância na qualidade de vida e na subsistência das famílias fundadoras da cidade. Para a família David Pereira não foi diferente, pois são pioneiros na região conhecida como Terra dos Peixes de Vila Rainha. A produção, industrialização e comercialização de pescados existe como a atividade econômica principal para o desenvolvimento da família David Pereira. Em mar através da captura e em terra com a salga e a comercialização no atacado e no varejo tem membros seus atuando. Com o passar dos anos a família David Pereira foi se adequando à novas tendências de mercado e à tecnologia para continuar suas tradições e desenvolver sua cultura. Através da pesca mantêm sua contribuição ao progresso da cidade de Rio das Ostras como proprietária individual da maior loja varejista de pescados do Estado do Rio de Janeiro, mesmo sendo baseada entre o norte fluminense e a região dos lagos. A família David como é mais conhecida trabalha com carinho e dedicação para oferecer com modernidade a maior variedade e a melhor qualidade e preço em seus produtos que são: peixes, crustáceos e moluscos. A loja atende a todos os segmentos sócio-econômicos e gastronômicos com preços que variam de R$ 0,99 (peixe palombeta da família da sardinha) a R$ 60,00 (camarão VG o pistola rosado). Também oferece produtos importados e da culinária japonesa como bacalhau, salmão, atum, truta, robalo, namorado etc. Em breve estará oferecendo o serviço de delivery (entrega em casa com chamada pelo telefone) por telefone e no sítio www.peixariadodavid.com.br. Peixaria do David há mais de 100 anos servindo tudo bom pra você. Prazer em te conhecer.
11.16.2005
11.14.2005
11.11.2005
Tereza Cruvinel O Globo
Panorama Político
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Helena Chagas O Globo
Comentários em primeira mão sobre a política nacional
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11.09.2005
Artigo Jornalístico - "O Amigo Urso, predador político
O “Amigo Urso” em sua temporada pós-hibernação
Como já era de se esperar os pré-candidatos às eleições proporcionais de 2006 estão saindo de suas tocas e de seu estado de hibernação para exercitar suas habilidades e seus instintos primitivos no vasto campo da política eleitoral a fim de abater o máximo de eleitores para garantir a sobrevivência de sua espécie. Está prevista para a temporada eleitoral de 2006 uma queima maior de gordura por parte dos captadores de sufrágio, pois estes dependerão de um esforço bem maior do que o empregado na última temporada de captura de votos porque encontrarão pela frente um eleitorado arisco que destinou uma grande parte de seu tempo a assistir aos VT´s contendo as artimanhas de seus algozes.
O “predador político” tem o hábito de atrair primeiro os analfabetos políticos por considerá-los indivíduos de fácil persuasão e de maior probabilidade de captação. Não gastam muita gordura, pois percebem que são baratos, fracos de raciocínio e entram em estado de paralisia mental quando estão frente a frente. Guardam energia (dinheiro) para atuarem em terrenos de grupos de indivíduos mais organizados como os que pastoreiam ovelhas em nome do Senhor. Além disso usam a forte nutrição política e financeira que possuem para cooptar líderes com funções importantes na sociedade eleitoral deixando decepcionados aqueles que lhes confiaram a guarda dos instrumentos de defesa..
Com o terreno preparado os “amigos ursos” caminham manso como quem não quer nada, dá uma paradinha aqui outra acolá, estudando bem o terreno. No feriado da Proclamação da República avistamos pelas bandas do litoral riostrense um vereador negociando a exploração do território eleitoral com o “amigo urso deputado estadual Glauco Lopes” que deseja abocanhar um número significativo eleitores, pois lá pelas bandas do território macaense a concorrência está forte. O deputado macaense terá que dissolver uma gordurinha a mais (graninha) para arrebatar os eleitores pertencentes ao território do vereador, pois todos nós sabemos que quase 90% de seu eleitorado casaram votos com Gelson Apicelo na eleição majoritária de 2004, já que este também está em campo como pré-candidato a deputado estadual pelo PDT. Outro que também faz gracinha como bicho manso é o ex-prefeito Alcebíades Sabino que também passeou pela orla no feriado. Já anuncia que é pré-candidato a deputado estadual, não informando por qual partido. O “amigo urso” Sabino apesar de não possuir o peso da gordura do deputado estadual Glauco Lopes leva vantagem por atacar em grupo num território que conhece bem. Suas armadilhas serão colocadas em locais estratégicos, vigiados por sua prole dia e noite (mas isso não quer dizer que todas funcionarão). Mas o território eleitoral ainda não está todo tomado pelos “amigos ursos”, existem indivíduos na comunidade que são inteligentes, fortes e difíceis de enganar, que sabem da importância que exercem na defesa da sociedade para a própria existência dela, combatendo os que se alimentam dos seus recursos.
Como já era de se esperar os pré-candidatos às eleições proporcionais de 2006 estão saindo de suas tocas e de seu estado de hibernação para exercitar suas habilidades e seus instintos primitivos no vasto campo da política eleitoral a fim de abater o máximo de eleitores para garantir a sobrevivência de sua espécie. Está prevista para a temporada eleitoral de 2006 uma queima maior de gordura por parte dos captadores de sufrágio, pois estes dependerão de um esforço bem maior do que o empregado na última temporada de captura de votos porque encontrarão pela frente um eleitorado arisco que destinou uma grande parte de seu tempo a assistir aos VT´s contendo as artimanhas de seus algozes.
O “predador político” tem o hábito de atrair primeiro os analfabetos políticos por considerá-los indivíduos de fácil persuasão e de maior probabilidade de captação. Não gastam muita gordura, pois percebem que são baratos, fracos de raciocínio e entram em estado de paralisia mental quando estão frente a frente. Guardam energia (dinheiro) para atuarem em terrenos de grupos de indivíduos mais organizados como os que pastoreiam ovelhas em nome do Senhor. Além disso usam a forte nutrição política e financeira que possuem para cooptar líderes com funções importantes na sociedade eleitoral deixando decepcionados aqueles que lhes confiaram a guarda dos instrumentos de defesa..
Com o terreno preparado os “amigos ursos” caminham manso como quem não quer nada, dá uma paradinha aqui outra acolá, estudando bem o terreno. No feriado da Proclamação da República avistamos pelas bandas do litoral riostrense um vereador negociando a exploração do território eleitoral com o “amigo urso deputado estadual Glauco Lopes” que deseja abocanhar um número significativo eleitores, pois lá pelas bandas do território macaense a concorrência está forte. O deputado macaense terá que dissolver uma gordurinha a mais (graninha) para arrebatar os eleitores pertencentes ao território do vereador, pois todos nós sabemos que quase 90% de seu eleitorado casaram votos com Gelson Apicelo na eleição majoritária de 2004, já que este também está em campo como pré-candidato a deputado estadual pelo PDT. Outro que também faz gracinha como bicho manso é o ex-prefeito Alcebíades Sabino que também passeou pela orla no feriado. Já anuncia que é pré-candidato a deputado estadual, não informando por qual partido. O “amigo urso” Sabino apesar de não possuir o peso da gordura do deputado estadual Glauco Lopes leva vantagem por atacar em grupo num território que conhece bem. Suas armadilhas serão colocadas em locais estratégicos, vigiados por sua prole dia e noite (mas isso não quer dizer que todas funcionarão). Mas o território eleitoral ainda não está todo tomado pelos “amigos ursos”, existem indivíduos na comunidade que são inteligentes, fortes e difíceis de enganar, que sabem da importância que exercem na defesa da sociedade para a própria existência dela, combatendo os que se alimentam dos seus recursos.
Versos, Prosas e Poesias - Urbi Máter
Tenho saudades de um passado não muito distante
Quando o nobre e novo homem era acordado pela leveza d’minhas mãos
O afago, o beijo senti em suas atitudes d’antes
Senti o abandono, o desprezo falta-me a condição
Tenho saudades de um passado não muito distante
Quando o nobre e novo homem para perto de mim voltaste
O afago, o beijo senti em suas lutas à de outros de antes
Senti o abandono, o desprezo pela falta que me fizeste
Tenho medo de um futuro não muito distante
Quando o não nobre e velho homem acordar com o peso daquelas mãos
O afago, o beijo não sincero senti naquelas atitudes errantes
Senti o abandono, o desprezo por poder ser entregues por suas mãos
Tenho medo de um futuro não muito distante
Quando o não nobre e velho homem para perto chegar
O afago, o beijo não sincero senti que em mim proferiu o cortante
Senti o abandono, o desprezo que chegará
Tenho a esperança de um presente acolhedor e seguro
O pobre e atormentado homem está em meus braços
O afago, o beijo sinto no calor de suas lágrimas ao lembrar o obscuro
Agora não sinto o abandono, o desprezo, pois és um de meus filhos mais amados
(Urbi Máter)
Marcelo David Pereira
Quando o nobre e novo homem era acordado pela leveza d’minhas mãos
O afago, o beijo senti em suas atitudes d’antes
Senti o abandono, o desprezo falta-me a condição
Tenho saudades de um passado não muito distante
Quando o nobre e novo homem para perto de mim voltaste
O afago, o beijo senti em suas lutas à de outros de antes
Senti o abandono, o desprezo pela falta que me fizeste
Tenho medo de um futuro não muito distante
Quando o não nobre e velho homem acordar com o peso daquelas mãos
O afago, o beijo não sincero senti naquelas atitudes errantes
Senti o abandono, o desprezo por poder ser entregues por suas mãos
Tenho medo de um futuro não muito distante
Quando o não nobre e velho homem para perto chegar
O afago, o beijo não sincero senti que em mim proferiu o cortante
Senti o abandono, o desprezo que chegará
Tenho a esperança de um presente acolhedor e seguro
O pobre e atormentado homem está em meus braços
O afago, o beijo sinto no calor de suas lágrimas ao lembrar o obscuro
Agora não sinto o abandono, o desprezo, pois és um de meus filhos mais amados
(Urbi Máter)
Marcelo David Pereira
Versos, Prosas e Poesias - Aniversário, Fernando Pessoa
Aniversário - Poesia Combinada
Fernando Pessoa
(Poesia de Álvaro de Campos)
Veio-me aos olhos a primeira luz em setembro de uma primavera. Tentavam apagar as luzes das minhas oitenta velas os meus filhos e netos, mas não conseguiram apagar todas e sim quinze delas, restando outras sessenta e cinco. Meus pais já não estavam comigo, também pudera! Dali a diante conheceria a vida, os desconhecidos e o caminho de meu retorno
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos /Eu era feliz e ninguém estava morto. Na casa antiga, até eu fazer anos era tradição de há séculos, E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer
Meu rosto traz as marcas quanto meu corpo suporta o peso da vivência. Olho, ouço, cheiro, saboreio e toco a vida. Olho a vida de meus conhecidos e desconhecidos. Vejo o preço que ainda pagam por estarem vivos! Há sim, minha mulher vive, ouço sua promessa de bater a bengala na minha cabeça. Consigo fazer vento para apagar quinze velas.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, De ser inteligente para entre a família, E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida
Nessa primavera luto por dias melhores, combatendo o desconhecido. Ao que me dou valor exerço o comando em pleno terreno inimigo. Venci e perdi contando os dias para a minha feliz morte. Construí a fortaleza interior, dentro estou só como um rei e fora sou soldado de luta. Não estou com meus netos nem com meu pai, mas tenho minha mãe, mulher e filho do meu lado a soprarem mais quinze velas
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo, O que fui de coração e parentesco. O que fui de serões de meia-província, O que fui de amarem-me e eu ser menino, O que fui ? ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui... A que distância!...(Nem o acho...) O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
Tempo da realidade em tempo real, comigo e com os outros. Tempos de muita confusão e auto-afirmação. A luta continua companheiro, ou seja, assim não dá, assim não pode, numa abertura lenta e gradual. Tempos de amigos, de escola, de primeira namorada. Estamos em setembro, não estou com meus netos, filhos e mulher, ora estou com meus pais!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa, Pondo grelado nas paredes... O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas), O que eu sou hoje é terem vendido a casa, É terem morrido todos, É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
Como é bom correr e brincar de bola no campinho do carneiro, dormir a qualquer hora, já que neste tempo não tem escolinha infantil, mas mesmo que tivesse prefiro escolher feijão ao lado da minha mãe, que espera a chegada do meu pai que vem de longe para minha última primavera. Sob a mesa a luz de uma única vela que além de iluminar o mesmo rosto era a luz a iluminar o meu retorno
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos... Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo! Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez, Por uma viagem metafísica e carnal, Com uma dualidade de eu pra mim... Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Já não espero mais por primaveras. Não vejo o lume da vela que me revelara a atitude dos homens. Não escuto mais os gritos de socorro da humanidade. Não percebo o odor da violência. Não sinto o gosto da carne morta. Toco na vida com meus Irmãos e meu Pai.
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui... A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos, O aparador com muitas coisas ? doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado -, As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração! Não penses! Deixa o pensar na cabeça! Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus! Hoje já não faço anos. Duro. Somam-se-me dias. Serei velho quando o for. Mais nada. Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!... O tempo em festejavam os dias dos meus anos!...
Em itálico. Álvaro de Campos 1929. Uma visão breve sobre a vida do maior poeta da língua portuguesa, Fernando Pessoa.
Marcelo David Pereira sob a inspiração do poema Aniversário.
Postado por Marcelodavidp
(comentar mensagem )
Fernando Pessoa
(Poesia de Álvaro de Campos)
Veio-me aos olhos a primeira luz em setembro de uma primavera. Tentavam apagar as luzes das minhas oitenta velas os meus filhos e netos, mas não conseguiram apagar todas e sim quinze delas, restando outras sessenta e cinco. Meus pais já não estavam comigo, também pudera! Dali a diante conheceria a vida, os desconhecidos e o caminho de meu retorno
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos /Eu era feliz e ninguém estava morto. Na casa antiga, até eu fazer anos era tradição de há séculos, E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer
Meu rosto traz as marcas quanto meu corpo suporta o peso da vivência. Olho, ouço, cheiro, saboreio e toco a vida. Olho a vida de meus conhecidos e desconhecidos. Vejo o preço que ainda pagam por estarem vivos! Há sim, minha mulher vive, ouço sua promessa de bater a bengala na minha cabeça. Consigo fazer vento para apagar quinze velas.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, De ser inteligente para entre a família, E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida
Nessa primavera luto por dias melhores, combatendo o desconhecido. Ao que me dou valor exerço o comando em pleno terreno inimigo. Venci e perdi contando os dias para a minha feliz morte. Construí a fortaleza interior, dentro estou só como um rei e fora sou soldado de luta. Não estou com meus netos nem com meu pai, mas tenho minha mãe, mulher e filho do meu lado a soprarem mais quinze velas
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo, O que fui de coração e parentesco. O que fui de serões de meia-província, O que fui de amarem-me e eu ser menino, O que fui ? ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui... A que distância!...(Nem o acho...) O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
Tempo da realidade em tempo real, comigo e com os outros. Tempos de muita confusão e auto-afirmação. A luta continua companheiro, ou seja, assim não dá, assim não pode, numa abertura lenta e gradual. Tempos de amigos, de escola, de primeira namorada. Estamos em setembro, não estou com meus netos, filhos e mulher, ora estou com meus pais!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa, Pondo grelado nas paredes... O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas), O que eu sou hoje é terem vendido a casa, É terem morrido todos, É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
Como é bom correr e brincar de bola no campinho do carneiro, dormir a qualquer hora, já que neste tempo não tem escolinha infantil, mas mesmo que tivesse prefiro escolher feijão ao lado da minha mãe, que espera a chegada do meu pai que vem de longe para minha última primavera. Sob a mesa a luz de uma única vela que além de iluminar o mesmo rosto era a luz a iluminar o meu retorno
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos... Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo! Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez, Por uma viagem metafísica e carnal, Com uma dualidade de eu pra mim... Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Já não espero mais por primaveras. Não vejo o lume da vela que me revelara a atitude dos homens. Não escuto mais os gritos de socorro da humanidade. Não percebo o odor da violência. Não sinto o gosto da carne morta. Toco na vida com meus Irmãos e meu Pai.
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui... A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos, O aparador com muitas coisas ? doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado -, As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração! Não penses! Deixa o pensar na cabeça! Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus! Hoje já não faço anos. Duro. Somam-se-me dias. Serei velho quando o for. Mais nada. Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!... O tempo em festejavam os dias dos meus anos!...
Em itálico. Álvaro de Campos 1929. Uma visão breve sobre a vida do maior poeta da língua portuguesa, Fernando Pessoa.
Marcelo David Pereira sob a inspiração do poema Aniversário.
Postado por Marcelodavidp
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Artigo Jornalístico - Comando Triunvirato
Publicação no Jornal Tribuna de Rio das Ostras
Comando Triunvirato - C. Augustus, C. Afonsus e A. F. Arrudas
Por muitas e muitas vezes tentaram me convencer de freqüentar as Sessões da Câmara de Vereadores do Município de Rio das Ostras com a justificativa de que é importante para o fortalecimento do processo democrático no país. Concordo em gênero, número e grau que a participação do cidadão nas questões de decisões políticas é de suma importância para a consolidação da democracia, mas sua participação precisa ser entendida como instrumento de equilíbrio entre os poderes, coisa que aqui em Rio das Ostras não é feito e muito menos estimulado por quem está à frente do poder, seja no legislativo, executivo ou no judiciário. A participação da sociedade no processo de decisões políticas está garantida nas Constituições do Brasil e de seus entes federados (Estados, Município e o Distrito Federal) com a instituição de Conselhos institucionais e consultivos. As conferências, os fóruns permanentes ou especiais, assim como qualquer outra forma de consulta popular são instrumentos de participação popular, mas dependem da perigosa iniciativa governamental. O perigo reside na obrigação de ser o governo ao mesmo tempo iniciador, articulador e mediador dos processos participativos populares. Todos os governos municipais em que passamos por suas administrações foram parciais, pessoais e manipuladores das vontades populares. Foi assim no processo eleitoral, nas conferências municipais, nos conselhos consultivos, na elaboração do plano diretor, no orçamento participativo, etc. Os governos exercem poder de influência econômica e política na sociedade para impor suas determinações que muitas vezes não condizem com a vontade e a necessidade do povo. O interesse governamental é ter suas ações referendadas pelos institutos representativos. Os instrumentos de participação política da sociedade brasileira existente atualmente são inúmeros, mas quem detém o poder muitas das vezes cerceiam as decisões emanadas desses fóruns de discussões. Pelo amor de Deus, não venham me dizer que o modelo de orçamento e planejamento participativo desenvolvido pelo governo é um instrumento de participação decisória. Não, não é.
Não podemos apenas contribuir com o quorum ou sermos meros espectadores participantes presenciais do processo democrático e do processo de desenvolvimento político e social da cidade. O cidadão precisa ir mais longe, deve exigir maior participação na elaboração ou na execução da política pública do governo. A mais clássica forma de participação do povo é a que sofre a maior agressão. A representação popular originário do modelo romano (senado e povo) está ocupada por representantes de interesses pessoais e não populares. Os legisladores municipais de Rio das Ostras defendem interesses capitais usando a tribuna da Câmara, concedendo título de Cidadão Riostrense a personalidades judiciárias, honrando o mérito de pessoas que tem negócios com o governo. Agridem a própria função legislativa quando dizem que a Câmara está a serviço do governo e principalmente quando se omitem ao serem solicitados para fiscalizar as ações do governo. Sinto-me estomagado com a falta de conhecimento do processo legislativo e político-institucional por parte da maioria de nossos Edis que acabam sendo manipulados pelo triunviro do legislativo e do executivo, que utilizam a garantia de omissão do triunviro do judiciário. Ave C. Augustus. Ave triunvirato.
Por muitas e muitas vezes tentaram me convencer de freqüentar as Sessões da Câmara de Vereadores do Município de Rio das Ostras com a justificativa de que é importante para o fortalecimento do processo democrático no país. Concordo em gênero, número e grau que a participação do cidadão nas questões de decisões políticas é de suma importância para a consolidação da democracia, mas sua participação precisa ser entendida como instrumento de equilíbrio entre os poderes, coisa que aqui em Rio das Ostras não é feito e muito menos estimulado por quem está à frente do poder, seja no legislativo, executivo ou no judiciário. A participação da sociedade no processo de decisões políticas está garantida nas Constituições do Brasil e de seus entes federados (Estados, Município e o Distrito Federal) com a instituição de Conselhos institucionais e consultivos. As conferências, os fóruns permanentes ou especiais, assim como qualquer outra forma de consulta popular são instrumentos de participação popular, mas dependem da perigosa iniciativa governamental. O perigo reside na obrigação de ser o governo ao mesmo tempo iniciador, articulador e mediador dos processos participativos populares. Todos os governos municipais em que passamos por suas administrações foram parciais, pessoais e manipuladores das vontades populares. Foi assim no processo eleitoral, nas conferências municipais, nos conselhos consultivos, na elaboração do plano diretor, no orçamento participativo, etc. Os governos exercem poder de influência econômica e política na sociedade para impor suas determinações que muitas vezes não condizem com a vontade e a necessidade do povo. O interesse governamental é ter suas ações referendadas pelos institutos representativos. Os instrumentos de participação política da sociedade brasileira existente atualmente são inúmeros, mas quem detém o poder muitas das vezes cerceiam as decisões emanadas desses fóruns de discussões. Pelo amor de Deus, não venham me dizer que o modelo de orçamento e planejamento participativo desenvolvido pelo governo é um instrumento de participação decisória. Não, não é.
Não podemos apenas contribuir com o quorum ou sermos meros espectadores participantes presenciais do processo democrático e do processo de desenvolvimento político e social da cidade. O cidadão precisa ir mais longe, deve exigir maior participação na elaboração ou na execução da política pública do governo. A mais clássica forma de participação do povo é a que sofre a maior agressão. A representação popular originário do modelo romano (senado e povo) está ocupada por representantes de interesses pessoais e não populares. Os legisladores municipais de Rio das Ostras defendem interesses capitais usando a tribuna da Câmara, concedendo título de Cidadão Riostrense a personalidades judiciárias, honrando o mérito de pessoas que tem negócios com o governo. Agridem a própria função legislativa quando dizem que a Câmara está a serviço do governo e principalmente quando se omitem ao serem solicitados para fiscalizar as ações do governo. Sinto-me estomagado com a falta de conhecimento do processo legislativo e político-institucional por parte da maioria de nossos Edis que acabam sendo manipulados pelo triunviro do legislativo e do executivo, que utilizam a garantia de omissão do triunviro do judiciário. Ave C. Augustus. Ave triunvirato.
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