7.04.2006

O que é que a Baiana tem?

O que é que a Baiana tem?

Com toda a certeza esta escritura é esperada por integrantes do governo e aliados para o uso como instrumento de mensuração do poder político do prefeito e da habilidade política do cidadão Carlos Augusto Carvalho Balthazar. Alguns não possuidores de feeling político que estão próximo ao poder desejam a neutralização política de adversários do governo com o uso do poder político e econômico. Utilizando-se do poder de polícia administrativa para coagir os mais rebeldes, do poder político para cooptar e do poder econômico para humilhar. Do poder de polícia administrativa o governo se serve das prerrogativas para atuar no ordenamento e na segurança da comercialização e na prestação de serviços ao cidadão, como também para atuar de forma a constranger, coagir e humilhar cidadãos que na informalidade de sua atividade encontra o seu sustento familiar. Do poder político o governo se serve da estrutura administrativa para ocupação de cargos em funções redundantes que só prestam para o inchaço da folha salarial, contratando por tempo determinado os filhos de seus cooptados, baseando-se na impessoalidade e na imparcialidade, aplicando penalidade àqueles que prestaram concurso em certame que propositalmente ganhou a prescrição, terceirizando mão de obra não qualificada via empresas que não respeitam os direitos trabalhistas e seus benefícios de subsídios de transporte, alimentação e saúde e a isonomia no serviço público municipal, humilhando o cidadão pela falta de estabilidade no emprego e vinculando-o a obrigações eleitorais, concentrando recursos em contratações de empresas que dão cobertura uma às outras em licitações em real desvalorização da descentralização de recursos que poderiam estar alimentando o mercado e gerando emprego e renda. Do poder econômico vale-se da moeda reluzente do ouro negro para ofuscar os olhos e calar a voz dos representantes do povo que tem a autoridade para agir em defesa do cidadão.
Postura diferente de membros do governo e dos aliados é a do prefeito em relação ao trabalho dos intitulados opositores. Sua prática política continua a mesma, mas sua tolerância às críticas, principalmente as efusivas e as contundentes não está a zero. Pelo menos é caso daqueles que não pertence ao grupo político do ex-prefeito que tem feito críticas ao governo que ajudou a eleger. O interesse do prefeito não é o estreitamento político com a oposição visando as eleições de 2008, mas sim o reconhecimento do seu trabalho como administrador que zela pela economicidade, eficiência e competência sem o uso de obras eleitoreiras. Não se preocupa com as críticas sobre sua lentidão ou pela falta de sua marca de governo, mas acredita que a partir do início de suas inaugurações poderá diminuir a pressão em seu governo e melhorar seu índice de popularidade. Sua autoconfiança vem daí.
Com a justificativa do primeiro ano de governo de que estaria se ambientando com as prerrogativas de prefeito e conhecendo os cômodos da casa sua prioridade foi coibir os excessos e estabelecer a hierarquia que estava confusa. Passado este período sua dedicação seria direcionada para os programas de governo que o credenciaria para a disputa eleitoral com larga folga de apoio popular, desconsiderando duas fortalezas de votos no município. Não vê adversários para a disputa. Primeiro porque não esconde de ninguém a continuação dos projetos iniciados pelo governo anterior que dará a ele os louros nas inaugurações e pela propagada gratidão que tem por Sabino com a conseqüente troca de apoio pela candidatura a deputado estadual pelo apoio a reeleição. Segundo porque não crer no crescimento político de Gelson Apicelo e nem na possibilidade de união dos grupos por diferentes interesses e condutas.
O político e cidadão Carlos Augusto acredita em suas próprias fantasias e remetem os analistas políticos ao seguinte pensamento: o que é que a baiana tem?

O Senador do Militarismo

O Senador do Militarismo

Amigos prestem atenção no que o Senador da República Federativa do Brasil, Sr. Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), o "tonico malvadeza" (vulgarmente ironizado na Bahia) pronuncia da Tribuna do Senado Federal. Felizmente a democracia concede espaços a calhordas como este para que possamos identificar quem realmente se compromete com a estabilidade democrática e política do país. Um corrupto com a insígnia de Senador que esteve sempre nas mamatas dos Generais ditadores agora exulta as forças armadas a tomarem providências contra brasileiros ignorantes que cansaram de serem roubados por direitistas que dominaram o poder até o final de 2001. Este calhorda está pregando a volta da ditadura militar suscitando o medo de que o presidente Lula o faça por ditadura sindical que não tem precedentes no mundo.
Tenho a convicção de que o presidente Lula, por sua luta e defesa da democracia, não repetirá atos como o de Getúlio Vargas, pois não há clima para uma tomada de decisão desta ordem. O que este Senador quer é que o país não pague sua dívida social com a população do campo, chamado-os de subversivos como vivêssemos em um regime autoritário e desconhecendo o nosso pluripartidarismo. Não respeita nossas instituições democráticas por ser ele um adepto de regimes opressores. Tem na ignorância e na pobreza da maioria do povo baiano a proteção eleitoral, como se fosse seu escudo republicano, o que o torna imune, utilizando-se desta prerrogativa constitucional para chamar o presidente da República de ladrão e de cúmplice de pessoas corruptas e subversivas. Mal lembra ele que na época da ditadura militar o uso destas expressões contra o Presidente da República, no mínimo, deixava o cidadão desonrado em sua integridade física. Mas este nunca sofreu abusos, não sabe o que é lutar por democracia, por cidadania e por igualdade. O maior perigo para a República não está na corrupção, pois essa tem a justiça para cuidar, e sim na imunidade e na impunidade dos corruptos que como ele mantêm o brasileiro refém de seus autoritarismos políticos e econômicos.

Abraços amigos. Marcelo David.