12.01.2005

Governo Cara de Pau

A população do Município de Rio das Ostras está demonstrando muita satisfação com a função social que exerce o Jornal Tribuna de Rio das Ostras ao desenvolver o jornalismo de maneira séria, independente e que se coloca como instrumento auxiliar de defesa da cidadania. Os leitores já o elegeram como instituição a serviço da verdade, da defesa da vida e do patrimônio público, da moral e da ética. O Jornal Tribuna de Rio das Ostras não recebe recursos do governo para publicar matéria de seu interesse ou para propaganda institucional, o que o torna um veículo de comunicação menos propício de sofrer interferência na sua linha editorial.
Como colunista também estou satisfeito com a atuação do jornal. Os assíduos leitores dos meus artigos têm o prazer de comentá-los a mim pessoalmente e sugerir novos temas, como por exemplo, o Sr. Orlando do Danny´s DVD em Costazul que reclama por conta das ruas paralelas as ruas onde mora (rua São Fidélis) serem asfaltadas e a sua não. A leitora Cida Mackenzie do centro reclama do calendário de verão, pois afirma que o número reduzido de eventos culturais desestimula os turistas em sua escolha por Rio das Ostras. Pois é, cada leitor tem um assunto interessante que pode se desenvolver muito bem em um texto. Mas o tema escolhido para esta semana é a cara de pau do governo municipal. Lendo o Diário Oficial do Município, digo, garimpando no Diário Oficial do Município de Rio das Ostras encontrei algumas pérolas. Sim, pérolas, pois não vou encontrar ouro no rio das Ostras. O governo do nosso “sem dinheiro” município, como cansa de afirmar o prefeito (só para surdo que fala) contratou pela bagatela quantia de um pouco mais de R$ 6 milhões ao ano a empresa UBSOLO do grupo da sociedade política entre o empreiteiro Cristiano Barreto, Deputado Federal Alexandre Santos e o ex-prefeito de Rio das Ostras Alcebíades Sabino dos Santos para fazer a manutenção e conservação das áreas verdes dos prédios municipais. São R$ 500 mil por mês, R$ 20 mil por dia para podar plantinhas.
Quem não se lembra do prefeito anunciando a quebra de contrato de muitos serviços que julgou superfaturado no governo anterior. Cito a limpeza dos banheiros públicos da orla que fora contratado no governo Sabino por R$ 1,2 milhão ao ano e recontratado no seu governo por pouco mais de R$ 200 mil.
Tento encontrar a fórmula de elaboração deste milionário contrato, seus critérios de mensuração de serviços para chegar a essa astronômica quantia de R$ 6 milhões. O que traz o Memorial Descritivo deste contrato ou o que autoriza a Ordem de Serviço para ser executado? Não, talvez eu esteja sendo técnico demais e errando na elaboração da pergunta. Acho melhor tentar encontrar a resposta na política. Será que para se justificar esse valor foi utilizado como unidade de mensuração a compra de votos, os cabos eleitorais, os pastores e o que mais? O gasto com o judiciário e o legislativo também estão incluídos ou esse é um item fora à parte? Será que veremos o modelo municipal de atuação do Marcos Valério? Pois a conta de publicidade também chega cifras enormes. Será que estarão no mesmo balaio os poderes executivo, legislativo e judiciário? Uma resposta eu tenho: o povo continuará peregrinando por ajuda de quem vagarosamente o mata, através da falta de remédios, atendimento médico, emprego, educação etc. O que mais podemos enxergar por trás deste número? Homens, mulheres, crianças e idosos que de alguma maneira suaram seus corpos ao empregar a força do trabalho para gerar renda. O que você sente ao ver pessoas proferirem palavras como: "o investimento em eleitor é melhor do que o investimento em dólar, pois é um negócio mais rentável e sem risco. Como diz Denise Stoklos, pense.